Wellington Dias (PT) criticou Bolsonaro após a reunião do presidente com chefes de poderes, ministros e governadores que resultou na criação de um comitê “anti-Covid”. O governador do Piauí, que não foi convidado para a reunião, reclamou da falta de integração no combate à pandemia.
“Dialogando com os participantes, eu que comemorei naquele primeiro momento, a organização da coordenação do Comitê Covid, como foi denominado, a presença dos três níveis de governo, infelizmente, a informação real é que não tem a participação dos estados e nem dos municípios”, disse o gestor.
Wellington, que é presidente do Consórcio Nordeste e coordenador do tema “vacina” no Fórum dos Governadores, afirmou que haverá uma ‘terceirização’ do diálogo com governo federal, porque o presidente do Senado, Rodrigo Pachêco, será o “porta-voz” dos governadores.
“Como a gente vai tratar com o legislativo sobre temas que são próprios do executivo? Sobre o colapso da rede hospitalar, sobre a situação relativa às filas de pacientes que não são atendidos, a falta de insumos, ao mesmo tempo, o não credenciamento a habilitação de leitos, a demora nos pagamentos, a vacina, a dificuldade no cronograma de vacinação, isso são temas que devem ser tratados com o Executivo Federal junto com os estados e municípios”, declarou Wellington.
O governador afirmou que essa “desorganização” prejudica a sociedade, o controle da pandemia e leva a mais óbitos. “Leva a uma situação de mais agravamento. Então, pelos estados, vamos ter que buscar uma nova alternativa para poder garantir um caminho para o Brasil”, disse.
Nas redes sociais, Wellington manifestou seu descontentamento. “Apenas depois de 1 ano, foi criado um Comitê contra a Covid-19. Hoje passamos de 300 mil brasileiros que perderam a batalha”, publicou.
“A luta continua e deve sobrepor questões partidárias. Esperamos que a vida humana seja tratada como prioridade nesse momento tão grave da pandemia”, afirmou o governador.
G1 PI