O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso da advogada Izadora Santos Mourão, de 41 anos, encontrada morta com uma perfuração no pescoço, em seu quarto, no sábado (13), na cidade de Pedro II.

O coordenador do DHPP, delegado Francisco Costa, o Baretta, disse ao G1, neste domingo (14), que o departamento assumiu a investigação após determinação do secretário de segurança, Rubens Pereira.

Em geral, casos de homicídio ocorridos no interior são investigados pelas delegacias regionais de Polícia Civil. Contudo, a Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Piauí, (OAB-PI) solicitou à Secretaria de Segurança Pública (SPP-PI) um reforço para que o caso seja investigado com celeridade.

Para a OAB-PI, a advogada foi morta em virtude do exercício da sua profissão. No entanto, a Polícia Civil ainda não divulgou informações oficiais sobre uma possível motivação ou sobre suspeitos.

“Enviei um dos melhores delegados do departamento, acompanhado de uma ótima equipe de investigadores, e eles já estão na cidade fazendo procedimentos, requisitando exames periciais e tentando desvendar a dinâmica dos fatos”, informou Baretta.

De acordo com o coordenador do DHPP, ainda não é possível afirmar o número de golpes de arma branca sofridos pela vítima. “O laudo pericial ainda não foi concluído. Trabalhamos com metodologia e técnica, é preciso aguardar esses procedimentos para poder afirmar algo”, disse.

A Ordem dos Advogados do Brasil (Oab-PI) emitiu uma nota lamentando o falecimento da advogada.

Leia o comunicado na íntegra abaixo:

A Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Piauí, repudia e manifesta o seu profundo pesar pelo assassinato da Advogada Izadora Santos Mourão, ocorrido neste sábado (13), em seu escritório. A diretoria da OAB Piauí decretou luto oficial de 3 dias e está no município de Pedro II, onde ocorreu o crime, prestando toda a assistência à família e cobrando das autoridades policiais providências urgentes e todas as medidas cabíveis.

Lamentando profundamente o crime cometido contra a Advogada em virtude do exercício da sua profissão, o Presidente da OAB Piauí, Celso Barros Coelho Neto, afirmou que o crime não passará impune e que a OAB atuará com veemência contra os atos de violência praticados, ao tempo em que cobrará das autoridades responsáveis que a lei seja cumprida com rigor.

“Não há palavras que conforte a todos nesse momento diante de um crime bárbaro. Estivemos com Izadora na Conferência Nacional da Mulher Advogada e ela estava ali com a sua disposição e amizade com todos da delegação do Piauí. Vamos acompanhar o caso para que se faça justiça”, declara Celso Barros Neto.

G1 PI