A maior parte das vítimas de mortes violentas intencionais no Piauí é homem, preto ou pardo, e com menos de 30 anos de idade. O dado faz parte do balanço de estatísticas do ano de 2020 divulgado nesta terça-feira (12) pela Secretaria de Segurança Pública.

De acordo com os dados, 91% das vítimas em 2020 eram do sexo masculino; 79% eram pardos e 10% pretos. O levantamento também mostra que 51% das vítimas eram jovens, com menos de 30 anos.

Os dados também mostram que o Piauí registrou em 2020 um aumento de mais de 20% no número de mortes violentas intencionais em relação ao ano de 2019. Ao todo, foram 711 registros em 2020, enquanto em 2019 foram 587 registros.

Em Teresina, o indicador registrou um aumento de cerca de 24%. Foram 302 registros em 2020, enquanto em 2019 foram 241 casos de mortes violentas intencionais.

O indicador corresponde a soma das vítimas de homicídio doloso, feminicídio, roubo seguido de morte, lesão corporal seguida de morte, estupro seguido de morte, infanticídio, maus tratos qualificados pelo resultado morte, dentre outros nos quais a morte decorre de uma agressão intencional.

Ainda de acordo com as estatísticas, dos 711 registros de mortes violentas intencionais no Piauí, em 441 há o uso de armas de fogo.

Para o secretario de Segurança Pública, coronel Rubens Pereira, o crescimento do indicador é algo que inspira preocupação. Ele ressalta que ações estão sendo pensadas para combater esse tipo de crimes, através da parceria entre os entes que compõem a segurança pública no Estado.

“A nossa preocupação é que agora, no início de janeiro, essa seta tende a aumentar. Por isso, estamos reunidos com todo o sistema de segurança pública no estado do Piauí para que a gente possa definir ações de forma urgente e emergente para conter esses indicadores”, disse o secretário.

Ainda de acordo com Rubens Pereira, ações permanentes devem ser pensadas para conter o avanço do indicador no Piauí.

“Vamos trabalhar com investigação, inteligência e aplicar o que está previsto no plano estadual de segurança, para que tenhamos políticas mais efetivas e mais duradouras para que essa contenção seja definitiva. O Piauí continua numa situação não muito constrangedora em relação a outros estados, mas é preocupante. Isso não é nenhum alento para nós”, destacou o secretário.

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