O governador Wellington Dias (PT) informou nesta quarta-feira (25) que o Ministério da Saúde comunicou aos estados que o plano nacional de vacinação contra a Covid-19 será divulgado na próxima segunda-feira (30).

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o governador,  que é presidente do Consórcio do Nordeste,  informou que serão definidos nessa etapa os preparativos para a vacinação, como as regras de distribuição do medicamento e de armazenagem, além do treinamento das equipes.

“Em dezembro é prevista a conclusão da terceira etapa de duas vacinas: a Coronavac e Oxford. E o Brasil, como é signatário do consórcio de países com a OMS, pode adotar outras, aprovadas pela OMS”, afirmou o governador.

O governo havia sinalizado aos governadores que estaria pronto para fazer o anúncio na segunda, o que foi confirmado nesta quarta. Segundo Wellington Dias, a estratégia definida é trabalhar com múltiplas vacinas, “começando pela primeira autorizada pela Anvisa”.

Plano do Piauí

Ontem, o Governo do Piauí anunciou que está elaborando um plano de logística para a vacinação contra a Covid-19. Serão imunizados primeiramente os idosos acima de 80 anos, pessoas com comorbidades e profissionais da saúde. O restante da população ficará sem vacina em um primeiro momento. A preocupação da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), assim que a vacina for liberada, é que ocorra desvio do público-alvo. Até o momento, o Ministério da Saúde não informou como será feita a imunização, se ficará a cargo de estados ou municípios.

“Geralmente os municípios se organizam de acordo com a orientação que é dada pelo Ministério da Saúde e pela Sesapi, mas o Ministério pode se organizar e definir como fazer. O município tem que obedecer expressamente ao grupo de risco. Esse grupo de risco precisa ser imunizado e isso tem um grande motivo, pois temos evidências cientificas, estudos, além do nosso próprio boletim epidemiológico mostrar quem é o principal grupo a ser imunizado”, afirmou a diretora de Vigilância e Atenção em Saúde da Sesapi, Cristiane Moura Fé, em entrevista à TV Cidade Verde.

“Não vamos poder ter desvio de público-alvo. Isso é algo que preocupa a Sesapi: garantir a celeridade no público-alvo que foi definido, que de fato será vacinado. Mas os municípios podem sim fazer uma definição do período da campanha, o local, mas a Sesapi estará apoiando e planejando junto com eles essa organização”, acrescentou.

Segundo a Sesapi, o planejamento já está sendo estudado há mais de 40 dias em parceria com o Ministério da Saúde, pelos setores que vão da Atenção Básica, Alta Complexidade em Saúde, Vigilância Sanitária e Comunicação.

“No primeiro momento infelizmente não teremos vacina para toda população do estado. Dessa forma as pessoas serão estratificadas em grupos prioritários, e esse trabalho a Sesapi fará em consonância com os municípios, para que tenhamos celeridade no cumprimento desta missão. A expectativa do Ministério da Saúde é que no primeiro semestre de 2021 se vacine os grupos prioritários, que corresponde a mais ou menos 50% da população, e no segundo semestre os demais”, destaca a diretora.

Atualmente, não há vacinas disponíveis contra a Covid-19. No Brasil receberam autorização para experimentos de larga escala no as vacinas desenvolvidas pelos laboratórios AstraZeneca/Oxford, Sinovac, Janssen e Pfizer/Biontech/Fosun Pharma.

Hérlon Moraes
herlonmoraes@cidadeverde.com