Instituto Nacional do Seguro Social do Piauí (INSS), pagou no último mês de dezembro de 2017, R$ 710 milhões a segurados e beneficiários de todo o estado. Relativos a aposentadoria por idade, foram pagos R$ 307 milhões e por aposentadoria rural R$ 61 milhões. Quem confirma os dados é o gerente executivo do INSS no Piauí, Ney Ferraz.
“É um número bastante expressivo, se um órgão desse para, quebra a economia. A população não tem ideia da importância que é um órgão como esse. Se nós atrasarmos o pagamento um mês, dois meses, esses comércios do interior, que geram 80% da economia piauiense, quebram. Eles vivem exclusivamente do INSS. O comércio da cidade vive não da prefeitura, mas sim do pagamento vindo do INSS aos benefícios de aposentadoria”, afirma o gerente.
Nesta semana, a gerência Executiva do INSS de Teresina concedeu o primeiro benefício do projeto INSS Digital, no Piauí. Trata-se de uma pensão por morte, em que tanto o requerimento como a concessão foram realizados via internet. A novidade do INSS Digital, consiste na construção de um novo fluxo de atendimento , com aspectos remotos, e promete revolucionar a atual forma de atender. Os pilares do projeto são o processo eletrônico, agendamento pela internet e a distribuição online das demandas.
Para quem procura o INSS para dar entrada em algum processo, sabe que a demora é certa. A média de espera de uma analise gira em torno de dois a três meses. Para isso, o gerente executivo Ney Ferraz explica que o foco principal da nova ferramenta, é dar agilidade às pessoas por meio de um atendimento que antes só poderia ser feito presencialmente.
“Por meio do site, o beneficiário fará todo o procedimento que seria feito dentro de uma agência, como a entrega de documentos. Além de já encontrar respostas de alguns questionamentos no site. Nós montamos cerca de 30 a 40 maquinas com o mesmo número de servidores nos turnos da manhã e tarde. É mais rápido porque o servidor não vai precisar atender ninguém, ele estará cuidando só dos casos que deram entrada pela internet”, analisa.
Ney Ferraz ressalta que as agências onde registra-se maior tempo nas filas de espera, são nos municípios do interior do Piauí. “Os municípios do interior do estado, são os que mais acumulam filas de espera. Na região de Picos, é onde se encontra as filas com maior tempo de espera que vai de seis a sete meses para se analisar um caso. Nós queremos, com isso, destinar a essas agências que se faça somente pericias médicas, a gente sabe que envolve um processo de adaptação, mas com o passar dos anos veremos que isso será um divisor de águas”, destaca.
De acordo com Ney, 70% dos benefícios pagos no estado é referente a aposentadoria rural. Em seguida vem aposentadoria por idade e por tempo de contribuição.
Meio Norte
