A Secretária Estadual de Meio Ambiente, Sádia Castro, afirmou nesta segunda-feira (07), em entrevista ao Notícia da Manhã, que ainda não há indicativos de interdição das praias do litoral do Piauí, após a confirmação do aparecimento de cinco tubarões na praia do Coqueiro. Uma reunião entre gestores públicos e especialistas  vai definir os próximos passos a respeito do monitoramento da chegada dos animais às praias piauienses.

Devem participar do encontro nesta segunda-feira os secretários de Turismo dos municípios do litoral, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos, além das secretarias estaduais de Meio Ambiente e Turismo. “O objetivo é armar uma estratégia de como lidar com a situação, exatamente para manter a segurança dos tubarões, assim como dos banhistas. Não temos nenhuma recomendação, nesse momento, de interdição das praias”, explicou.

Apesar de ainda não haver indicativos de interdição das praias, a recomendação é que os frequentadores evitem entrar na água, bem como a prática de esportes náuticos. “Permanece a recomendação de evitar de entrar na água, evitar de mergulhar, evitar a prática esportes náuticos até que se tenha uma diagnóstico sobre o motivo de os tubarões estarem chegando tão perto da arrebentação”, destacou Sádia Castro.

A secretaria do Meio Ambiente, em parceria com especialistas de outras instituições, vão trabalhar nos próximos dias para identificar e buscar mais informações sobre o grupo de tubarões que passou a frequentar a costa piauiense. “Não se tem informação de que espécies são essas e porque estão chegando tão próximo da linha de praia”, disse.

Por meio das redes sociais, a Semar fez um alerta aos banhistas e frequentadores do litoral do Piauí.

Animais estão em busca de alimentos, diz bióloga

A bióloga e doutora em Sistema Costeiros e Oceânicos, Geórgia Aragão, explica que o grupo de tubarões que foi identificado na praia do Coqueiro, litoral do Piauí, está em busca de condições favoráveis para alimentação. Segundo ela, são pelo menos cinco animais jovens, mas de espécie ainda não identificada.

“Quem conhece a praia do Coqueiro, sabe que aquela região tem uma presença muito grande de cardumes de peixinhos, ali a gente tem as pedras, onde tem bastante crustáceos. Isso é condição favorável para a presença desses animais. Alimento em abundância”, explica.

Ainda de acordo com a especialista, a recomendação é que turistas e moradores das não entrem na água para o banho. “Independente do tamanho do animal, pode acontecer do banhista esbarrar com ele e, instintivamente, acontecer algum acidente. O banhista pode se machucar, porque o instinto do animal é se proteger. Então, caso ocorra algum choque, o tubarão pode vir a morder, e por menor que ele seja, vai causar um dano à pessoa”, destaca a bióloga.

Fonte: Cidade Verde