O clínico geral, Arnaldo Lichtenstein, fala sobre as consequências do fim da Farmácia Popular no Brasil proposto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. “Das ideias mais infelizes de ultimamente, essa vai estar seguramente no topo”.
Para o médico, a retirada da farmácia popular significa parar o tratamento de doenças crônicas como hipertensão, diabetes, asma, osteoporose, glaucoma.
Arnaldo explica quais as consequências da falta de tratamento de hipertensão. “A pressão vai desgastar os vasos e com o tempo provocar infarto, derrame e insuficiência renal”, disse.
No que tange a procedimentos como implantação de stents, atendimento à pacientes com derrame e tratamento de diálise, os custos no sistema público de saúde serão absurdos de acordo com avaliação do diretor do Hospital das Clínicas de São Paulo.
A falta de tratamento do diabetes segundo explicou Lichtenstein, além do infarto, derrame, da insuficiência renal crônica e diálise, vai provocar problemas de olho.
Lichtenstein chamou atenção do ministro da Economia, Paulo Guedes, para a conta que pode gerar ao país. “Se o Paulo Guedes não entende de medicina porque não tem assessoria e nem médicos do Ministério da Saúde, pelo menos de economia ele poderia fazer essa conta simples”, apontou.
“O custo vai ser absurdamente maior a médio prazo. Isso é muito ruim para o país e para a economia”, concluiu o clínico geral.
A explicação sobre o fim da Farmácia Popular foi veiculada no Jornal da TV Cultura.
Arnaldo Lichtenstein é diretor do Hospital das Clínicas de São Paulo. Possui graduação em Medicina pela Universidade de São Paulo (1984) e doutorado em Patologia pela Universidade de São Paulo (1996). Atualmente é médico assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Clínica Geral.