Com base nas evidências científicas atuais disponíveis, as infecções pelo COVID-19 parecem afetar as crianças com menos frequência e menos gravidade do que em adultos. Um estudo recente, publicado no início de março de 2020, sugere que as crianças são tão propensas a se infectarem quanto os adultos, mas apresentam menos sintomas ou risco de desenvolver doença grave.
Para falar sobre o assunto, a nossa equipe conversou com o médico pediatra Sérgio Feitosa, que destaca que apesar de ser uma doença nova, a infecção pela Covid-19 tem se mostrado menos sintomática em crianças.
“Para criança, a grande notícia, que é válida ainda hoje, dia 04 de junho, é que na maioria das vezes, a criança que tiver contato com o novo coronavírus, ela vai ficar sem sintomas, ou seja, não vai sentir absolutamente nada, ou vai ter sintomas leves a moderados, sem agravar. Uma criança ter contato com esse vírus e evoluir de maneira grave, com necessidade de internação em UTI, existe sim, mas a minoria absoluta”, destacou.
O pediatra disse ainda que é necessário os pais estarem em alerta, já que sem sintoma, se torna ainda mais difícil identificar a presença da doença nas crianças.
“Os sintomas são muito parecidos com sintomas de outras doenças respiratórias como espirro, tosse, nariz escorrendo, febre. As que já sabem se manifestar, podem reclamar de dor de cabeça, dor de garganta, dor no corpo. Algumas podem ter diarreia, vômitos. Então vocês estão percebendo que não tem um sintoma que chame a atenção, que é característico de Covid-19, a maioria dos sintomas das crianças que têm, vem apresentar, são parecidos com outras viroses respiratórias que a gente já tinha”, completou.
O profissional alertou quando o atendimento médico deve ser feito. “É importante ficar claro que aquela criança que apresenta dificuldade para respirar, ou em outras palavras, fica com a respiração cansada, na linguagem médica, dispneia; essa criança, independentemente de suspeita forte ou fraca de Covid-19, ela tem que, obrigatoriamente, procurar um hospital médico, ela tem que ser levada ao médico”.
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