O estado do Piauí espera contabilizar perdas de arrecadação da ordem de R$ 1,4 bilhão, em relação ao que estava previsto no Orçamento 2020 apresentado pelo governo do Estado no final do ano passado. As perdas se referem sobretudo à redução da expectativa de recolhimento do ICMS, principal fonte de receita própria dos estados. Essa dura realidade não é exclusiva do Piauí: o estado de São Paulo, por exemplo, deve somar um encolhimento de R$ 16 bilhões no ICMS até o final do ano.
Segundo Henrique Meireles, o secretário da Fazenda de São Paulo, o ICMS representa 84% da arrecadação do estado. Mas a crise econômica desencadeada pela pandemia do coronavírus vai ter um efeito terrível, resultando nessa perda que é mais de dez vezes a projetada para o estado do Piauí. Outros estados também contabilizam perdas enormes, como Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Parte do baque será coberto pelo Pacote de Ajuda a estados e Municípios, aprovado no Congresso. No caso do Piauí, o ingresso total que o Pacote possibilita é de R$ 1,362 bilhão, ficando com o governo estadual cerca de R$ 1 bilhão. No caso de São Paulo, a perda com ICMS é próximo do que caberá ao governo estadual de um total de R$ 31 bilhões que serão divididos com municípios paulistanos.