O Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar da Defensoria Pública do Estado do Piauí orienta às mulheres que venham a sofrer qualquer tipo de violência doméstica durante o período em que durar a pandemia provocada pelo novo coronavírus, que recorram aos canais de atendimento disponibilizados pela Defensoria, bem pela rede de proteção.
Segundo a coordenadora do Núcleo da Mulher, defensora pública Lia Medeiros do Carmo Ivo, o período de confinamento imposto pela necessidade de cada pessoa se proteger do contágio do vírus pode levar que mulheres que estejam sofrendo violência doméstica não saibam como denunciar ou a quem recorrer. A defensora esclarece que, apesar da necessidade de isolamento social, as vítimas de violência doméstica e familiar precisam sim buscar os meios necessários para a sua segurança.
“Infelizmente situação é delicada, no lugar em que as mulheres deveriam se sentir mais protegidas, que é dentro de suas casas, o confinamento faz com que acabe aumentando a possibilidade que algumas delas estejam sofrendo violência caladas. Mas é extremamente importante que saibam que existem os canais online para que possam recorrer e que não deixem de procurar ajuda. Todos os serviços que já eram disponibilizados pela rede de atendimento continuam sendo oferecidos por contato telefônico, email e aplicativos como o WhatsApp. As Delegacias Especializadas estão funcionando, assim como o plantão da Central de Gênero. A Defensoria Pública também permanece funcionando por telefone, por meio do número 9 9473-4147, oferecendo todo o amparo à mulher em situação de violência, repassando orientações e inclusive providenciado medida protetiva, caso seja necessária”, explica.
Lia Medeiros chama a atenção para que não apenas as mulheres vítimas de violência, mas para que toda pessoa que constate algum caso de violência contra a mulher também utilize os canais disponibilizados para denunciar. “É importante que todos estejam atentos, pode ser uma amiga, uma vizinha, caso identifiquem violência acionem os serviços e, em caso de urgência, do crime estar ocorrendo naquele exato momento, liguem para a polícia. É importante que a comunidade também se una nesse momento e nenhuma mulher se sinta sozinha”, destaca.