Por Marciana Barboa
Os professores da Rede Estadual de Ensino iniciaram uma greve desde o dia 10 de fevereiro e hoje, com mais de um mês de greve, a categoria ainda não tem previsão para retornar às salas de aula.
A professora aposentada, Fátima Pinheiro, fala que o movimento está bem fortalecido, mesmo sem nenhuma indicação por parte do Governo Estadual de atender às demandas da classe.
A aposentada explicou que a categoria luta por direitos garantidos por lei e que o gestor estadual quer retirá-los. “São direitos que o governador [Wellington Dias] está nos tirando, que nós conseguimos com muita luta, com muito esforço, com muito movimento e se nós não lutarmos, ele acaba tirando os nossos direitos. No ano passado ele deu um auxilio alimentação e para nós aposentamos, ele não deu nada, os professores ativos têm que continuar junto conosco, porque futuramente eles também vão ser aposentados”.
Os professores reivindicam do Governo do Estado o pagamento do reajuste do piso salarial de 2019 e 2020 – porcentagem garantida por lei pelo Governo Federal.
Na última manifestação feita pela classe, os professores tiveram o apoio de um grupo de alunos que se uniram a eles em uma assembleia no SINTE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública).
A professora aposentada destaca a importância de os estudantes integrarem a luta. “A participação dos alunos foi muito boa, e os próprios alunos conseguiram fazer a mobilização de um número maior de estudantes de outros colégios, que se uniram também a nós professores e foram às ruas para conscientizar a população do que estava acontecendo, e essa atitude me deixou muito encantada”.
A aposentada ressalta também que os pais dos alunos também devem se unir à classe. “O apoio família e escola é fundamental, afinal as nossas reivindicações também são por melhorias para a escola, por um transporte escolar de qualidade”.
Segundo a professora aposentada, o governador do estado ainda não deu o reajuste reivindicado e não chamou sequer a classe para conversar.