O comandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Lindomar Castilho, negou que a exoneração do coronel Edwaldo Viana, do comando do quartel de Picos não tem relação com “forças políticas”. O coronel garantiu que a saída de Viana faz parte de rodízio de cargos e que o novo comandante de Picos será o major Estanislau Felipe Oliveira.
Hoje, a Polícia Militar confirmou a exoneração do cargo do coronel Edwaldo Viana, após circular nas redes sociais áudios em que Viana defendia que a Polícia deve “descer as cordas” ( no jargão policial significa a morte) dos assaltantes que mataram um empresário em Picos.
Lindomar Castilho elogiou a atuação do comandante de Picos e garantiu que a mudança faz parte de rodízio que acontece normalmente entre os comandos nos quartéis. “Há uma estratégia de estar sempre mexendo com os comandos para dar condições que outros poderem comandar”.
O comandante lembrou que Picos fica em um dos maiores entroncamentos do Nordeste e merece toda a atenção. “O comandante tem um trabalho muito forte e sua a camisa, juntamente com os policiais da região”.
“A mudança de comando faz parte de nossa carreira. Eu já comandei Picos, Paulistana, Oeiras, CFAP, Rondas Cidadão, do interior. Essa dinâmica faz parte. Uma hora ou outra acabamos saindo”, afirmou.
Ao ser questionado sobre as polêmicas, o comandante voltou a afirmar que crê que foi no calor da emoção, mas defendeu que a Polícia não é para “descer as cordas”.
Ele lembrou que o coronel Viana tem mais de 30 anos na Polícia e não cometeu qualquer atitude desaprovada. Lindomar Castilho ressaltou ainda que está mantido o convite para o coronel Viana comandar um Batalhão na capital.
Segundo o comandante, a prática do policial é de defesa tanto dele (o profissional) em campo como da sociedade. “Isso não significa que o Policia pode fazer ‘justiçamento’ com as próprias mãos. É uma força de expressão que usa em uma ação policial”.
Sobre a exoneração ter peso político, o comandante afirmou: “Se foi forças políticas, não conheço. Só ele deve estar sabendo dessas forças políticas. Nós estamos é oportunizando que o coronel Viana continue com a gente”.
Cidade Verde – Yala Senna