Segundo dados do Ministério da Saúde, no ano de 2018 foram entrevistados 6.476 familiares para autorização de doação de órgão, houve 2.716 negativas, somando 42%, esse resultado vem se mantendo até os dias de hoje. Ainda segundo a pesquisa a razão para qual os familiares se recusam a fazer as doações é a falta de conhecimento sobre como são realizados os procedimentos e o fato de nunca terem conversado sobre o desejo de doar.
Alonso D’ Millano é ativista na luta para a conscientização de doação de órgãos. Ele diz que o ato de ser doador é manter alguém vivo através daquilo que você não vai mais utilizar e que a doação de órgãos ainda em vida permite você presenciar a salvação de uma vida.
“É importante que a pessoa informe sua família que tem o desejo de ser um doador, porque até mesmo as vezes você informando a própria família acaba tento um certo receio de fazer a doação, muitas pessoas não entendem o que é, não sabem a importância desse gesto”.
O ativista acredita que se as pessoas tivessem mais acesso a informação, essa realidade mudaria. “A informação sobre doação de órgão precisa se expandir mais para conscientizar a população. Só o conhecimento e a informação podem mudar essa realidade”, disse.
Alonso comentou ainda sobre a morte recente do apresentador Gugu Liberado, que doou alguns órgãos e ajudou 50 pessoas. O gesto do apresentador foi manifestado ainda em vida e trouxe à tona a discussão sobre a importância da escolha. “Como o exemplo do Gugu, ele ainda em vida manifestou o desejo de doar e a família atendeu ao pedido. Um gesto muito bonito”, acrescentou.
Confira a entrevista
Alonso D’ Millano