Apesar da hiperidrose não ter relação com o B-R-O-Bró, neste período, o mais quente do ano, a sudorese fica mais acentuada. Além disso, há também uma maior procura no tratamento da hiperidrose, uma condição médica em que a pessoa sua excessivamente até quando está frio, podendo ser tratada clinicamente ou por cirurgias.
A hiperidrose atinge cerca de 1% a 3% da população, sendo mais comum nas axilas, palmas das mãos e nos pés. No entanto, menos de 40% das pessoas que percebem a situação procuram ajuda com especialista. Para o cirurgião plástico, William Machado, quem busca o consultório médico procura fugir dos constrangimentos que atrapalham a socialização do paciente.
“A hiperidrose é extremamente constrangedora, pois atrapalha o convívio social por manchar camisas ou pelo fato do portador estar sempre com as mãos molhadas. Esse suor excessivo, acentuado no período mais quente em Teresina, causa o isolamento social, além de um impacto psicológico capaz de deixar o paciente inseguro, ansioso”, explica.
William Machado também destaca que na grande maioria dos casos a condição é benigna, sem doenças associadas. Além disso, comenta que, por estar constantemente úmidas certas áreas do corpo, a hiperidrose é associada ao aumento de odores, mesmo que não seja diretamente responsável pelo problema.
“São três os tipos mais comuns de hiperidrose: axilar, com queixas de roupas excessivamente manchadas, aspecto de má higiene e odor excessivo. Palmar, com reclamações de dificuldades para manusear papéis, digitar, apertar a mão de um amigo e praticar alguns esportes. Plantar (nos pés), onde citam o aparecimento de micoses (frieiras) e sensação de que os pés escorregam dentro do sapato”, explica o cirurgião.
Tratamento
Por ainda não se conhecer exatamente o que desencadeia a hiperidrose, opções como medicações, tratamentos tópicos ou a aplicação da toxina botulínica (Botox) tornam-se ideais para aqueles buscam controlar a situação, sempre com orientações de um profissional.
Ao ser aplicada na pele, o botox interromperá a comunicação entre o nervo e a glândula produtora do suor. Por fim, não haverá qualquer estímulo que provoque a sudorese, embora o nervo e glândula continuem normais.
“Pacientes com diagnóstico de hiperidrose tem piora do quadro no B-R-O-Bró. Entretanto, muitos não vão ao médico por acreditarem que somente a cirurgia resolveria. Mas, temos a opção da injeção de botox na região das axilas e nas mãos, substância que vai inibir a ação das glândulas sudoríparas por quatro a dez meses. Ou seja, o suor excessivo pode ser resolvido com o botox”, finalizou o cirurgião plástico William Machado.
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