Os impactos das manchas de óleo no litoral do Piauí continuam sendo investigados. Durante toda a semana, órgãos ambientais fizeram uma varredura em cerca de cinco quilômetros no Rio Carpina, próximo ao litoral, para analisar se a água e a flora aquática haviam sido contaminadas. As manchas de óleo atingiram, desde o final de agosto, os nove estados do Nordeste. No Piauí, os vestígios foram encontrados na última semana de setembro e havia a possibilidade do material atingir bancos de vegetação que alimentam o peixe-boi.
Três embarcações de grande porte, além de uma equipe de mergulhadores e um sonar foram usados para realizar o mapeamento na área, em busca de indícios de contaminação por óleo, no estuário do rio.
“O objetivo era realizar a varredura do estuário do Rio Carpina e verificar se os bancos de capim agulha, que serve de alimento para animais como o peixe-boi, estão sendo atingidos pelo óleo”, destaca o gerente de fiscalização ambiental da Semar, Renato Nogueira.
A varredura foi executada com o apoio de um sonar e nas áreas indicadas pelo equipamento, foi utilizada uma draga para coletar sedimentos.
A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semar) coordenou a operação que contou com agentes do Ibama, ICMBio, Capitania dos Portos do Piauí, Corpo de Bombeiros e a Comissão Ilha Ativa.
“Mapeamos uma extensão de aproximadamente 5 km e nenhum vestígio de óleo foi encontrado, o que nos deixou bastante tranquilos”, explica a Coordenadora do Escritório Regional da Semar em Parnaíba, Waneska Vasconcelos.
Segundo a Secretária de Estado de Meio Ambiente, Sádia Castro, o monitoramento das praias continua. “O Piauí não tem registros de aparecimento de manchas de óleo desde o dia 30 de setembro, todas as praias litoral piauiense se encontram limpas e livres para o banho. Mas o monitoramento não para, a equipe da Semar em Parnaíba está atuando diariamente”, reforça.
Valmir Macedo (Com informações da Semar)