O médico infectologista Carlos Henrique Neri Costa explicou nesta segunda-feira (30) que a meningite que causou a morte encefálica do jornalista Egídio Brito, 32 anos, é um caso raro. Mesmo com a morte encefálica diagnosticada, Egídio segue internado em protocolo médico.

De acordo com o médico, a meningite bacteriana é mais comum em crianças e pessoas idosas. Casos como o do jornalista são notificados e uma proporção de um caso em 100 mil pessoas por ano.

“Cinco  a 10% (das pessoas) abrigam a bactéria no nariz e na faringe. Por razões variadas ela pode sair das camadas mais superficiais do revestimento dessas áreas e invadir tecidos mais profundos atingindo a corrente sanguínea e aí se instalar de forma disseminada, grave e ai acometendo as meninges.As meninges são uma espécie de revestimento que o cérebro e a medula espinhal têm e que ajuda a se defender desses microorganismos”,explicou.

Caso anterior

Familiares confirmaram que Egídio já havia tido uma infecção por meningite anteriormente. No entanto, o médico Carlos Henrique explicou que o fato não contibui para a manifestação d euma nova infecção. “A maior parte das pessoas que tem meningite bactéria não tem indícios de imunodeficiência anterior”.

Sintomas

Dentre os sintomas mais comuns da meningite são dores de cabeça, febre, dores no corpo, vômito e confusão mental. “Quando mais cedo é feito o diagnóstico,mais cedo é feito o tratamento e maiores são as chances de sobrevivência”, pontuo o infectologista.

Profilaxia

O médico alerta para o cuidado com a profilaxia contra a doença, indicado apenas para pessoas que tiveram contato mais próximo com o jornalista. “É adequado num prazo curto, as outras pessoas que tiveram um contato próximo para evitar que elas próximas peguem a doença”.  O especialista complementa que a infecção é transmitida por meio de gotículas respiratórias e que nem todos os infectados desenvolvem a doença.

Fonte: Cidade Verde