No período com maior incidência de focos de calor, o Piauí registrou este mês de setembro uma redução de 7% em relação ao total de focos registrados no ano passado.

Até agora foram registrados 4.147 focos de calor, que representam risco de incêndio, mais da metade, só no mês de agosto  e outros 841 este mês de setembro. No ano passado, o ano já contabilizava 4.500 focos. Nesse ranking positivo, o estado ocupa a 5ª posição nacional.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que Teresina já registrou neste mês de setembro 55 focos de incêndio, uma média de cinco focos por dia.

Queimada legal

No Piauí, a legislação estadual só permite a queimada em casos de combate de pragas, na queima do plantio de cana para colheita e na pequena agricultura em comunidades tradicionais, além de casos excepcionais de uso de fogo para combater incêndios.

Decreto de Jair Bolsonaro, determinou a proibição de todas as queimadas fora da Amazônia legal no prazo de 60 dias

Prejuízos

Em 2018 mais de 500 ocorrências de queimadas foram registradas próximas a linhas de transmissão. Em alguns casos houve corte da transmissão elétrica ocasionando prejuízos a 44 mil consumidores piauienses.

“Se se deparara com foco de incêndios deve acionar primeiramente o Corpo de Bombeiros pelo 193 e se tiver rede de distribuição elétrica nas proximidades, deve acionar também a Equatorial pelo 0800 086 0800”, explica Gilvan Monteiro, eletrotécnico da Equatorial.

No último final de semana, um incêndio de grandes proporções atingiu o Assentamento Santa Clara, em Canto do Buriti, a 417 km ao Sul de Teresina. Há seis anos, uma queimada próxima ao local atingiu uma linha de transmissão da Chesf, provocando um apagão nacional que prejudicou nove estados.

Valmir Macêdo
valmirmacedo@cidadeverde.com