A principal preocupação das autoridades após o motim registrado ontem no Centro Educacional Masculino (CEM)diz respeito ao reforço na segurança das unidades para onde os internos foram transferidos.
Na manhã desta segunda-feira (12) havia 35 internos nos alojamentos do Complexo de Defesa da Cidadania e o local atingiu o limite da capacidade. 22 destes estavam no CEM durante o motim. O CDC tem condições para abrigar 36 internos provisórios, onde os adolescentes ficam, no máximo , dez dias.
A juíza Elfrida Beleza admite que a situação ainda é grave e que a segurança é a preocupação principal das autoridades. Ontem (11), em reunião emergencial, o secretário Estadual de segurança, Fábio Abreu, prometeu reforçar o policiamento no Complexo da Defesa da Cidadania. No entanto, até às 9h30 de hoje nenhum reforço havia sido feito.
A Coordenadoria de Gerenciamento de Crise e Direitos Humanos da Polícia Militar fez uma visita “informal” para avaliar a situação do Complexo. Os internos que estão CDP reclamam da falta de banho de sol.
Segundo a juiza Elfrida Belleza, da 2ª Vara da Infância e da Juventudade, somente dois policiais militares fazem a segurança dos internos. A permanência dos 35 internos oferece riscos aos adolescente e, inclusive , aos servidores do Complexo.
“A preocupação maior é com a segurança, caso haja uma nova rebelião ter condição de contenção. Precisamos ter condições de segurança. Os socioeducadores de plantão são para a quantidade de menos adolescentes. Estamos com poucos socioeducadores tanto no CEIP como no CEM e policiamento. Eles [internos] ainda estão um pouco agitados. Então há necessidade segurança. O secretário nos prometeu esse reforço. Estamos aguardando”, disse a juíza”.
Ainda não há um balanço oficial do que foi destruído durante o motim no CEM. Pelos menos três alas foram danificadas e ficaram sem condições de abrigar internos.
A juíza pede que o governo mantenha a promessa de iniciar ainda hoje a reforma emergencial que estava prevista no CEM.
Não houve feridos
O defensor público Igo Sampaio garante que nenhum interno ficou ferido durante o motim. Alguns tiveram pequenos ferimentos após tentarem pular o muro da unidade, mas nada grave.
Ele tranquiliza as famílias e afirma que nenhum dos internos foi vítima de maus-tratos.
A Defensoria Pública esclarece que o momento é de “estabilização” e de reforço na seguranças das unidades para onde os internos foram transferidos.
O defensor pede tranquilidade as familiares e a que polícia investigue as causas do motim. “Não houve lesões e os adolescentes que foram transferidos estão gozando de boas condições físicas. Um dos maiores problemas que estamos enfrentando é o estado inicial enquanto não se tem reforço policial adequado para garantir condições de segurança mínima para daí a gente começar a ver a situação de cada interno, inclusive entender o que provocou o motim”, disse o defensor.
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