Dia D de mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Sarampo.

Para prevenir o aparecimento de novos casos, o Ministério da Saúde está recomendando a vacinação de reforço para crianças de seis meses a menores de um ano, que moram ou vão viajar para locais onde há surto de sarampo. Essa vacinação deve ser feita pelo menos 15 dias antes da data prevista para a viagem.

Segundo o MS, essa é uma dose extra da vacina, portanto, não deve interferir na rotina prevista no Calendário Nacional de Vacinação. Todas as crianças do país devem continuar seguindo a orientação do Calendário Nacional de Vacinação: tomar a tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ªdose), tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela.

Todos as pessoas de 1 a 49 anos de idade devem estar vacinadas contra sarampo. O esquema de vacinação é diferente de acordo com a idade.

Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. Além disso, há casos em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. No total já são  4.226 casos notificados.

Cobertura vacinal e casos no Piauí

Em 2017, segundo o MS, a cobertura vacinal contra o sarampo no Piauí atingiu o índice de 76,66%. O estado registrou este ano um caso importado da doença. O paciente é um bebê piauiense de um ano de idade, que viajou para São Paulo, região sudeste do país, e retornou ao estado com sintomas da doença. Esse é o quinto caso suspeito, mas o primeiro confirmado no Piauí.

O sarampo

O sarampo é uma das infecções mais contagiosas e é transmitida pela respiração, tosse ou espirro da pessoa doente. Pode ser contraída em qualquer idade e a vacinação é a melhor forma de prevenir a doença. Os principais sintomas são tosse, coriza e conjuntivite.

Os sintomas clássicos do sarampo são:

  • Febre
  • Erupções na pele (vermelhidão)
  • Tosse
  • Coriza (espirros, secreção e obstrução no nariz)
  • Conjuntivite (inflação ou infecção que provocam vermelhidão e lágrimas nos olhos)

Além desses sintomas pessoas com sarampo também podem apresentar outras manifestações clínicas, como:

  • Manchas de Koplik, que são brancos-azulados localizados na mucosa da boca, região próxima aos molares, que às vezes se estendem a toda mucosa oral.
  • Mal estar
  • Diarreia
  • Anorexia
  • Linfadenopatia

A transmissão do sarampo ocorre de forma direta, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Por isso, é elevado o poder de contágio da doença. A transmissão ocorre de quatro a seis dias antes e até quatro dias após o aparecimento do exantema. O vírus vacinal não é transmissível.

O sarampo afeta, igualmente, ambos os sexos. A incidência, a evolução clínica e a letalidade são influenciadas pelas condições socioeconômicas, nutricionais, imunitárias e àquelas que favorecem a aglomeração em lugares públicos e em pequenas residências.

As complicações mais comuns do sarampo são:

  • infecções respiratórias;
  • otites;
  • doenças diarreicas;
  • doenças neurológicas.

É durante o período exantemático que, geralmente, se instalam as complicações sistêmicas, embora a encefalite possa aparecer após o 20º dia.

O diagnóstico do sarampo é realizado mediante detecção de anticorpos IgM no sangue, na fase aguda da doença, desde os primeiros dias até 4 semanas após o aparecimento do exantema. Os anticorpos específicos da classe IgG podem, eventualmente, aparecer na fase aguda da doença e costumam ser detectados muitos anos após a infecção.

Não existe tratamento específico para o sarampo. É recomendável a administração da vitamina A em crianças acometidas pela doença, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais. O tratamento profilático com antibiótico é contraindicado.

Da Redação (Com informações do MS)
redacao@cidadeverde.com