A partir desta terça-feira (9), as fontes de informação de crédito – como bancos, financeiras, empresas de telefonia e de varejo, e as que prestam serviços continuados, como as de água, gás e energia elétrica, entre outras, começam a enviar para os Gestores de Bancos de Dados – GBD, as informações de pagamento dos consumidores (pessoas físicas e pessoas jurídicas) que irão compor o Cadastro Positivo.
O objetivo é que, com base em uma análise mais precisa, o mercado possa oferecer propostas de crédito personalizada, com taxas de juros e prazos melhores do que os atualmente praticados. As fontes que não entregarem as informações dos consumidores estarão descumprindo a legislação. É importante ressaltar que serão informados apenas os dados relativos aos pagamentos, como os valores da fatura do cartão de crédito, a parcela do financiamento de um veículo ou de um imóvel, ou o total da conta de água.
Continuam confidenciais informações detalhadas, como:
– os item que foi comprado e que resultou na dívida;
– o saldo da conta corrente;
– os valores investidos em poupança ou outro tipo de aplicação bancária.
Segundo Dirceu Gardel, presidente da Boa Vista, que é um órgão gestor de banco de dados, o Cadastro Positivo pode ajudar até mesmo quando o consumidor estiver com o nome sujo. “Com ele, todas as contas pagas em dia contam a favor e podem ajudar na obtenção de crédito, mesmo que eventualmente, ou seja, em um dado momento do ano, o consumidor tenha tido uma dificuldade com uma determinada conta e tenha ficado com o nome sujo”, analisa o executivo.
O consumidor precisa ter ciência também que, como titular do crédito, terá todo o direito de ter acesso aos próprios dados, e poderá fazer essa consulta sempre que desejar, uma vez que é direito do consumidor consultar o seu histórico de pagamento. Como a inclusão no Cadastro Positivo passa a ser automática, o consumidor terá que solicitar a exclusão, caso prefira (veja aqui como fazer).
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