O senador Elmano Férrer (MDB) saiu em defesa do Ministro da Justiça, Sérgio Moro. Em entrevista ao Jornal do Piauí, ele disse considerar normal as conversas entre Moro e o procurador da Deltan Dallagnol. As mensagens foram divulgadas em reportagem publicada pelo The Intercept Brasil.
Elmano afirma que as conversas de Moro com o procurador não interferiram nos rumos dos processos contra o ex-presidente Lula (PT).
“Acho que essas conversas entre juiz, advogados, promotores e procurados são normais. É natural. Isso acontece todos os dias, em todas as comarcas do Brasil. Mesmo assim ele pediu que se houvessem mais informações, que elas fossem publicadas. Ele reafirmou a convicção de que todos os atos procedidos durante a tramitação desses grandes processos, ocorreram dentro da legalidade e seguindo a Constituição. Isso de forma imparcial. Não tenho dúvida da postura como ele vem se postando desde 2014. Há uma reação brutal do país contra a Operação Lava Jato. Muitos segmentos políticos, inclusive que praticaram atos não republicanos, que trouxeram prejuízo para o país, todo esse pessoal é contra a operação e contra Moro. Mas por outro lado, tem um segmento muito forte a favor”, afirmou.
O senador piauiense, que é aliado do governo Bolsonaro, afirma acreditar na imparcialidade do juiz Moro. O parlamentar destaca a importância da Operação Lava Jato.
“De 43 senadores inscritos para se manifestarem, me parece que 28 estão ao lado dele, eu sou um deles, creio que temos que melhorar a forma de gestão no país e modificar a forma de fazer política. Isso é um grande fato. Nunca vi gente rica e poderosa presa. Vi isso agora com a Operação Lava Jato. Creio que uma grande parte da população defende a operação porque ela é uma revolução ética moral de bons costumes e mostra que a lei deve ser aplicada a todos”, disse.
Para Elmano, é preciso destacar o fato de Moro ter ido prestar esclarecimentos ao Senado sem uma convocação formal.
“O juiz Sérgio Moura se antecipou. Não houve convite, nem convocação, mas ele, através da Presidência da República, encaminhou uma carta se disponibilizando a ir ao Senado fazer esclarecimento e prestar informações que ele achava pertinente, e também, os senadores que estavam ensaiando uma iniciativa para criar um CPI. Com esse gesto dele, que é de grandeza e humildade, ele deu os esclarecimentos”, comentou.
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