Os carros que são apreendidos pela polícia na região e são levados à sede da Delegacia Regional de Picos estão se acumulando em frente ao prédio sem um destino certo.
O diretor regional do Sindicato dos Policiais Civis do Carreira do Piauí (Sinpolpi), Joel Joaquim dos Santos, denunciou mais uma vez a precariedade com que a polícia civil trabalha. Segundo ele, não há uma preocupação do estado em solucionar o problema.
“Ficou acordado [com a Secretaria de Justiça] para que fosse tirado, em caráter de urgência, esses veículos daqui de dentro, que isso causa risco à saúde dos logradouros do serviço público e dos funcionários também”, disse Joel.
Ainda segundo o sindicalista, outros problemas são contabilizados, como a falta de estrutura física, ele fala que várias reformas já foram feitas, mas o prédio volta a apresentar problemas
“Já tivemos várias reformas e nada é solucionado, porque o problema vem desde a base, tudo mal feito, tudo errado, só gastando dinheiro e solução não tem. Uma caixa de água que estava oferecendo risco para todos que entrassem lá, essa parou o funcionamento e também acordaram de, em caráter de urgência, construir uma fora com a base sólida. Como também, uma barra que tem uma coluna na anticela, que está soltando da parede e é um grande risco para quem se aproxima, e era em caráter de urgência e nada foi feito”, desabafou.
Joel afirmou que a secretaria pediu um prazo, ainda em fevereiro, para dar início aos reparos, mas que até o momento, nenhuma restruturação foi iniciada na delegacia.
“Aqui só não tem acúmulo de funcionário, mas de serviço, é um acúmulo absurdo, porque não tem contingente policial e ainda criaram audiências de custódia e essas audiências é com o Poder Judiciário, então não pode faltar, tem que ir. Quando os policiais vão fazer a audiência de custódia, a Central de Flagrantes para, o registro de boletins de ocorrência para. Então os plantonistas têm que ir com os presos, as vezes meia dúzia de presos e nem policiais para conduzir esses presos, têm. Quer dizer, é uma desorganização total na gestão desse estado”, finalizou.
CONFIRA A ENTREVISTA COM JOEL JOAQUIM