O nome do piauiense João Henrique Sousa (PMDB), presidente do Conselho Nacional do Sesi, tem sido cotado para assumir a Secretaria de Governo de Michel Temer (PMDB) na reforma ministerial que o presidente deverá fazer nos próximos dias. As mudanças se devem à pressão de outros partidos da base por conta da possibilidade de saída do PSDB, que tem indicação na pasta com Antônio Imbassahy (PSDB), além da necessidade de aprovar a Reforma da Previdência no Congresso.
João Henrique negou que já tenha discutido o assunto com o presidente, mas afirmou que, se for convidado, deve aceitar o cargo e desistir de sua candidatura ao governo do Estado. “Essa história não estava no meu ‘radar’. Se acontecer, eu jamais poderia dizer não ao presidente. A única coisa que pode me tirar de uma campanha, desse meu projeto, seria a convocação do presidente para eu compor o ministério dele. Até porque ele já disse que para secretária de governo não nomeará deputado que pretende concorrer nas eleições do próximo ano. Se entrar, fica até o fim”, declarou.
O cargo de Secretário do Governo tem a função, principal, de fazer a articulação entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, mas também com os demais ministérios. “Quem assumir agora vai ter a primeira pedreira grande, que é a questão da Reforma da Previdência. Então, eu acho que ele vai escolher com muito carinho, que também deverá estar de comum acordo com o Congresso”, pontuou.
Apesar de não acreditar na sua convocação, João Henrique, que é amigo pessoal de Michel Temer, disse que possui boa relação tanto com o deputado Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara Federal, como com Eunício Oliveira, presidente do Senado. A convocação para assumir a Secretaria de Governo deve acontecer, segundo João Henrique, até o início do mês de dezembro.
No âmbito estadual, a desistência de João Henrique de disputar o cargo majoritário acabaria com divisão interna do partido, entre os que apoiam e os que não apoiam a ida da sigla para a base do governo estadual, e fortaleceria a aliança do PMDB com Wellington Dias (PT) em busca da reeleição do governador.
O Dia