Comparando com o mesmo período do ano passado, o Piauí registrou um aumento de 75,5% na incidência nos casos de dengue. Os dados são do boletim da 18ª semana epidemiológica divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). Segundo as informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), este ano foram 1.646 notificações em 93 municípios e ano passado 938 casos em 56 municípios.
O aumento representa um crescimento de cerca de 15% das notificações em relação à 17ª semana epidemiológica. Os municípios com maior incidência por 100 mil habitantes são Pavussu, Alvorada do Gurgueia, Cristino Castro, Rio Grande do Piauí e Eliseu Martins. Não houve nenhum óbito registrado por dengue.
Já os casos de chikungunya apresentam uma redução, foram 183 casos notificados em 19 municípios, já no ano passado 285 casos em 29 municípios, representando uma redução de 35,8% do número de notificações este ano. O zika vírus também apresenta redução, 73,9% a menos no número de casos. Foram seis casos prováveis em quatro municípios, já ano passado foram 23 notificações em nove municípios. Também não foi registrado nenhum óbito por zika ou chikungunya.
A Secretaria de Estado da Saúde reforça aos municípios a importância das ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, trabalhando em conjunto com a população para diminuir os índices do agravo.
Municípios em alerta
Dados da pesquisa entomológica do Aedes aegypti apontam que aumentou o número de municípios que estão com alta infestação do vetor. São 108 cidades no Piauí que estão em alerta e têm risco para ocorrência de surto das doenças relacionadas ao mosquito, de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, referente aos meses de fevereiro e março deste ano.
Os municípios devem manter a vigilância, pois dados da pesquisa apontam que 25 municípios do Piauí estão com Índice de Infestação Predial (IIP) acima de 4%, ou seja, alta infestação com risco para ocorrência de surto de arboviroses. Em estado de alerta, IIP de 1% a 3,9%, estão 83 municípios e 109 estão com o IIP satisfatório, menos de 1% de infestação. Além disso, o sistema aponta que sete municípios não realizaram ou não informaram ao sistema os dados da pesquisa entomológica.
Governo e população têm que trabalhar juntos, comenta o superintendente de Atenção à Saúde da Sesapi, Herlon Guimarães. “Além das ações de vigilância e combate, a população deve limpar seus ambientes, descartar seu lixo de forma correta, Não vamos duvidar, as formas graves dessa doença podem sim levar a óbito, o mosquito e o vírus estão circulantes. Não podemos baixar a guarda em momento algum”, completa Herlon.
Os dados da pesquisa entomológica são coletados pelos agentes de endemias nas residências, que verificam se há focos do mosquito no local. Após esse trabalho de campo, as secretarias municipais de saúde alimentam o sistema de informações LIRAa/ LIA do Ministério da Saúde.
Municípios com situação de maior risco
Alagoinha do Piauí, Alvorada do Gurguéia, Avelino Lopes, Belém do Piauí, Campo Grande do Piauí, Cocal de Telha, Demerval Lobão, Fartura do Piauí, Flores do Piauí, Francisco Santos, Guadalupe, João Costa, Júlio Borges, Landri Sales, Marcolândia, Matias Olímpio, Miguel Alves, Monsenhor Hipólito, Morro Cabeça no Tempo, Pajeú do Piauí, Pio IX, Pedro II, Regeneração, Santana do Piauí e Simões.
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