Foram quatro horas de negociação com dirigentes das 11 principais centrais sindicais de caminhoneiros autônomos, mas o governo federal, finalmente, conseguiu fechar um acordo para suspender a greve, já prevista para o próximo dia 29. A trégua deve durar pelo menos dois meses.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, garantiu à categoria que o governo vai implementar, a partir desta terça-feira (23), a política do frete mínimo e os caminhoneiros poderão denunciar ao ministério as empresas que descumprirem essa política, sem risco de qualquer penalidade.

Atualmente, quando reportam as infrações para a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), os caminhoneiros também são multados. O valor é R$ 550. Pelo acordo, eles estarão livres dessa autuação.

Durante o encontro, o ministro Tarcísio gravou um vídeo que foi enviado pelas redes de Whatsapp dos representantes sindicais. Nela, o ministro se compromete em cumprir o acordo. Depois, os representantes sindicais ligados à enviaram o vídeo para os caminhoneiros desmobilizando a paralisação.

Preço do diesel

Os caminhoneiros contabilizam que de fevereiro a abril deste ano o reajuste do diesel superou 10% nas bombas, mas quanto a isso o ministro disse não existir “uma fada madrinha que bate com a varinha de condão na Petrobras e sai o óleo diesel” e disse que o país importa os derivados do petróleo. Tarcísio disse apenas que o governo se compromete a repassar para o frete todos os reajustes feitos pela ANTT desde o início do ano. Ou seja, a tabela de frete terá um novo cálculo: estima-se que o piso do frete deve ter um reajuste entre 10% e 17%.

Agência Brasil