Servidores públicos municipais se negam a fazer plano de saúde para ser descontado em folha por receio de que a Prefeitura de Picos não faça os repasses para a empresa, como, segundo denúncias, aconteceu na Educação.
A presidente do Sindserm – Sindicato dos Servidores Municipais de Picos – Lenice Sales, falou que muitos servidores tiveram seus nomes negativados porque a Secretaria de Educação não teria repassado os valores, descontados em folha, para as financeiras que os mesmos haviam adquiridos empréstimos.
O sindicato realizou uma assembleia com os filiados para tratar sobre o assunto, na reunião, segundo Lenice, os funcionários da prefeitura solicitaram que a cobrança do plano de saúde fosse feita por meio de boleto individual e não pelo desconto direto com a prefeitura.
“Os servidores querem um plano, mas que cada um pagasse o seu boleto. É recente que foi noticiado que a secretaria [de Educação] lançou uma nota de que desconhecia o fato de que o nome de vários servidores foi parar no Serasa. Não foi a primeira vez também, devido ao empréstimo consignado, que a maioria tem, e esse desconto é em folha e aí não é repassado na data correta para os bancos, para as financeiras, então quando não repassa, o banco envia cobrança para o servidor e muitas vezes quando o atraso é muito, eles negativam o nome da gente, e por conta disso é que o servidor não aceita que os planos sejam descontados pela prefeitura”, explicou Lenice.
A presidente do Sindserm afirmou que teve dificuldade de conseguir um contrato com as empresas que prestam esse serviço no município, pois grande parte exigia o desconto direto na folha do pagamento dos funcionários públicos, e apenas uma concedeu a forma de pagamento de acordo com o desejo dos filiados.
CONFIRA A ENTREVISTA COM LENICE SALES