O secretário Estadual de Fazenda, Rafael Fonteles, descartou nesta quinta-feira (24) a possibilidade do estado decretar situação de calamidade financeira. Sete estados – Roraima, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás – estão em colapso nas finanças. Rafael Fonteles advertiu ainda que o governo vive situação de dificuldade financeira, dependente de receitas federais, mas as medidas adotadas ao longo dos anos não levou o Piauí a chegar a uma crise grave.
“Vivemos uma situação preocupante. O Piauí está trabalhando com muito rigor para evitar qualquer situação desse tipo.Há um risco do efeito dominó e pode atingir mais estados. Mas, o Piauí ao longo dos anos vem adotando uma série de medidas, estamos aprofundando outras, cortando o que é ineficiente, fazendo ajustes”, disse o secretário.
A meta é reduzir de 20% a 25% dos contratos. Rafael Fonteles informou que a Fazenda fez cortes e conseguiu uma redução de R$ 10 milhões em um ano. O governo quer reduzir os gastos públicos em R$ 200 milhões ao ano.
“Estamos adotando medidas duras, algumas impopulares, mas necessárias para que a gente não entre numa espiral negativa como os outros estados”, ressaltou.
Rafael Fonteles informou que a folha de pagamento e os contratos estão sendo revistos, alguns contratos estão sendo extintos.
“Algumas despesas tem suspensão de até 50% dependendo do caso”, disse.
A folha tem um gasto de R$ 400 milhões por mês, cerca de R$ 5 bilhões ao ano. O maior gasto do estado é com a folha, repasse dos poderes e custeio. A receita corrente líquida é de R$ 9 bilhões ao ano.
Os contratos terceirizados que estão atrasados em até 60 dias, o secretário disse que está fazendo ajustes para conseguir quitar o débito. “É uma de nossas prioridades”, disse Rafael Fonteles.
Reajuste salarial
Para anunciar qualquer reajuste salarial, o secretário disse que as finanças precisam melhorar, mas acredita que em 2019 vai ser difícil.
“Todas as demandas dos servidores serão analisadas e os impactos serão calculados e serão apresentados ao governador. Todos os casos serão discutidos, mas é muito difícil a situação financeira e em curto prazo ter qualquer liberação nesse sentido”, afirma.
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