Além do Conselho de Medicina, outras duas entidades de classe se manifestaram contra os salários ofertados no concurso da Prefeitura de Floriano.

O Conselho de Psicologia afirmou que o baixo salário evidencia o não reconhecimento da função pela prefeitura e revela a desvalorização da categoria.

O Conselho de Enfermagem incluiu nas críticas o concurso de Parnaíba, e considerou que os valores oferecidos não são justos, principalmente diante da complexidade e responsabilidade atribuída ao cargo.

O conselheiro Wilson Furtado afirmou que o Conselho de Medicina considera a proposta salarial de Floriano “um verdadeiro absurdo” e recomenda aos profissionais não se inscreverem.

“É aviltante para quem trabalhará 40 horas semanais. O conselho de ética médica recomenda que os profissionais sejam remunerados de forma digna e esse valor ficou muito aquém da média salarial ofertada por outras entidades. Por exemplo, na Federação Nacional dos Médicos (Fenam) é de R$ 14 mil para uma carga horária de 20 horas. O Mais Médicos remunera em quase R$ 12 mil para uma carga horária de 40 horas. O governo do Estado paga entre R$ 7 e R$ 11 mil para uma jornada de 20 horas. Portanto, esse salário ofertado pela Prefeitura de Floriano é ridículo”, afirmou, em entrevista para o Notícia da Manhã desta segunda-feira (14).

Em nota, a organização do concurso de Floriano afirmou que houve uma má interpretação e que os R$ 1.675 ofertados é “apenas” o salário base, mas com as gratificações, os salários ficam maiores. 

Mas o CRM não aceita a justificativa. “Gratificação nos parece uma forma evasiva do gestor manipular os valores como ele bem entende. O CRM não considera gratificação como salário. Salário tem que ser especificado no edital”, destacou Wilson Furtado.

O conselheiro informou que o CRM enviou ofício para o prefeito de Floriano, solicitando uma reformulação do edital, no que diz respeito aos valores. “O prefeito ainda não se manifestou sobre isso”, acrescentou Wilson Furtado.

Fonte: Cidade Verde