O futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, confirmou nesta terça-feira (20) que Maurício Valeixo será o novo diretor-geral da Polícia Federal.

Em breve pronunciamento, afirmou que a delegada da PF Erika Marena comandará o Departamento de Cooperação Internacional.

“Eu seria um tolo se não aproveitasse pessoas que trabalharam comigo, especialmente no âmbito da Lava Jato porque já provaram integridade e eficiência”, disse sobre as nomeações.

Atual superintendente da PF do Paraná, Valeixo conhece Moro desde o início dos anos 2000.

Ele ficou à frente da Dicor (Diretoria de Combate ao Crime Organizado) da PF durante três anos, na gestão de Leandro Daiello. O posto é o terceiro da hierarquia do órgão. Ele também foi adido em Washington (EUA) de 2015 a 2017.

Já Marena ganhou projeção pelo trabalho realizado na Lava Jato, tendo sido inclusive responsável pelo nome da operação. Tem em sua conta ter conseguido, ao lado de outro colega, associar o doleiro Alberto Yousseff aos esquemas de corrupção da Petrobras, justamente o que foi o embrião da investigação.

Mais recentemente, se envolveu em um episódio polêmico em Santa Catarina. A delegada comandou a Operação Ouvidos Moucos, uma apuração sobre desvio de dinheiro, que prendeu sete pessoas ligadas à UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), entre elas o então reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo.

Ele, que se declarava inocente, se matou ao se jogar do sétimo andar de um shopping em Florianópolis, deixando um bilhete que apontava a operação policial como motivo do seu ato.

Conforme mostrou reportagem da Folha de S.Paulo, o relatório final da PF não apresentou provas de que Cancellier tenha se beneficiado do suposto esquema milionário de desvio de verbas.

Marena depois chegou a representar para que se apurasse crimes contra honra diante das manifestações que se sucederam, como faixas criticando um suposto abuso de poder das autoridades responsáveis pela Ouvidos Moucos.

Folhapress