Jair Bolsonaro (PSL), foi eleito Presidente da República neste domingo (28). A vitória do capitão reformado do Exército se deu em segundo turno onde disputou o Palácio do Planalto com o candidato do PT, Fernando Haddad.

Bolsonaro sucederá Michel Temer (MDB), vice de Dilma Rousself (PT) que assumiu o país em 2016 após o impeachment da petista. Vitorioso em sua primeira candidatura à Presidência, Bolsonaro interrompe o ciclo de vitórias do Partido dos Trabalhadores desde 2002. A posse será em 1º de janeiro de 2019.

Eleições 2018

Treze candidatos registraram suas candidaturas para a disputa pelo Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo Federal. Foram eles: Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB), João Amoêdo (Novo), Guilherme Boulos (PSOL), José Maria Eymael (Democracia Cristã), Cabo Daciolo (Patriota), João Goulart Filho (PPL) e Vera Lucia (PSTU).

Esta foi a segunda maior disputa pelo Gabinete Presidencial desde 1989, quando foram 22 concorrentes. Neste período, somente o PSDB e o PT disputaram todas as eleições presidenciais com candidatos próprios.

Jair Messias Bolsonaro

Militar da reserva e político brasileiro, filiado ao Partido Social Liberal (PSL), é deputado federal desde 1991. Atualmente exerce seu sétimo mandato, eleito pelo Partido Progressista (PP).

Serviu ao Exército Brasileiro de 1971 a 1988, passando para a reserva na patente de capitão. Foi o candidato mais votado nas eleições gerais de 2014 no Rio de Janeiro para a Câmara dos Deputados. Este ano filiou-se ao PSL, nono partido de sua carreira política desde que foi eleito vereador do Rio de Janeiro em 1989.

Bolsonaro possui três filhos, também políticos: Carlos Bolsonaro (vereador do Rio de Janeiro pelo PSC), Flávio Bolsonaro (deputado estadual do Rio de Janeiro pelo PSL e comandante da legenda no estado) e Eduardo Bolsonaro (deputado federal de São Paulo também pelo PSL). Natural de Glicério, região de Araçatuba no noroeste do estado de São Paulo, o político é filho de ascendentes italianos.

“Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

Jair Bolsonaro, 63 anos, candidatou-se à presidência da República Federativa do Brasil pelo Partido Social Liberal (PSL) para as eleições presidenciais de 2018 com General Mourão (PRTB) como vice, na coligação “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” formado pelas siglas PSL e PRTB.

Atentado

Em 06 de setembro, durante um ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais, o então presidenciável foi vítima de um atentado. Atingido no abdômen com golpe de faca, foi levado para a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora onde passou por procedimento cirúrgico e estabilizado posteriormente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No dia seguinte ao atentado foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde permaneceu 23 dias internado.

No mesmo dia do ocorrido, Adélio Bispo de Oliveira, foi identificado como o autor do crime e posteriormente preso. Adélio foi filiado ao PSOL entre 2007 e 2014. O partido emitiu uma nota classificando como “um grave atentado à normalidade democrática e ao processo eleitoral”. A arma do crime foi recuperada.

O Ministério Público Federal de Minas Gerais denunciou o agressor de Jair Bolsonaro (PSL), por crime contra a segurança nacional. A denúncia afirma que o acusado praticou atentado pessoal por inconformismo político e tinha o objetivo de retirar Bolsonaro das eleições. A pena para o crime é de três a dez anos de prisão, podendo ser aumentada até o dobro por ter causado lesão corporal grave.

‘Inconformismo Político’

O relatório da Polícia Federal consta que não há indícios de mandante ou participação de terceiros na tentativa de Adélio Bispo de Oliveira de matar o candidato Jair Bolsonaro (PSL). Para a polícia o motivo seria ideológico.

Fabrício Sousa