O Sindicato dos Urbanitários do Piauí denuncia que a Equatorial Energia, nova concessionária de energia elétrica do Estado, não está mantendo um relacionamento respeitoso com os empregados da Cepisa.
Os sindicalistas afirmam que diretores do sindicato foram barrados na porta da empresa, localizada na Avenida Maranhão, quando tentavam dar continuidade à entrega da cartilha que contém o Acordo Coletivo de Trabalho da categoria aos trabalhadores.
O Sindicato também denuncia a demissão “sem justa causa” do engenheiro Antony Mercury, que exercia o cargo de diretor de gestão de pessoas e funcionário de carreira da empresa, gerou uma crise entre os trabalhadores da Cepisa e da nova concessionária.
“Em reuniões com representantes dos trabalhadores onde a Equatorial também tem o controle acionário, como no Maranhão e no Pará, tivemos informações de que os gestores desse grupo privado têm uma conversa muito bonita e agradável, porém, na prática, eles fazem o contrário, pregando o pavor com pressão e até humilhação com o corpo funcional”, criticou o diretor jurídico do Sindicato dos Urbanitário, Francisco Marques.
A Equatorial assumiu a Cepisa neste mês e prometeu um “choque de gestão” com o objetivo de colocar a concessionária no ranking das melhores empresas do setor elétrico do Brasil. Em entrevista coletiva, o novo diretor, Nonato Castro, não deixou claro se faria cortes de pessoal na Cepisa.
“Vamos analisar os números. Faremos um choque de gestão, acreditamos na meritocracia, nos resultados, em metas e queremos analisar o quadro de empregados e saber quem irá contar conosco”, disse ao assumir a direção.
O Sindicato dos Urbanitários afirma que vai usar dos meios jurídicos para coibir “políticas arbitrárias e ilegais da Equatorial” e promete discutir as denúncias em reunião com Ministério Público do Trabalho, na próxima terça-feira (30).
Procurada pelo Cidadeverde.com, a Equatorial disse que prefere não se pronunciar sobre as críticas do Sindicato dos Urbanitários.