Anualmente, milhares de pessoas sofrem com os casos de dengue espalhados pelo país, principalmente no período de maior incidência de chuvas, quando a proliferação dos casos é maior. Por isso, os cuidados com o mosquito hospedeiro Aedes aegypti devem ser periódicos, uma vez que este inimigo da saúde pública pode estar mais próximo do que se imagina.
De acordo com Agenor Martins, coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de Picos, o mosquito pode habitar facilmente os locais onde encontrar reservatórios de água sem os devidos cuidados, inclusive dentro das próprias residências com acúmulo de água. “O Aedes aegypti é um inseto altamente domiciliar, pode estar dentro das nossas casas. Ele procura as condições satisfatórias para sobrevivência da espécie”, explica.
Para controlar a proliferação do vetor, os agentes de endemias picoenses realizam diariamente o controle e a busca de focos do mosquito da dengue em todos os bairros da cidade. No entanto, Agenor Martins lembra que é preciso o auxílio da população para combater esse pequeno infrator da saúde. “É um trabalho rotineiro que não depende só da saúde, mas também da população”, reforça.
Um dado importante na fala do especialista, é que apesar do controle da doença ser importante, a ocorrência de casos de dengue não é um fator anormal nos boletins da saúde. “Aparecer algum caso de dengue é normal; se não aparecer nenhum, é anormal, pois ela é uma endemia”, finaliza.
ENTREVISTA: Agenor Martins – Dengue