A senadora Regina Sousa (PT), que foi anunciada como pré-candidata a vice-governadora, avisa que não será coadjuvante. Em entrevista ao Notícia da Manhã, a petista reagiu a críticas da base aliada e disse que “ninguém é obrigado a ficar na coligação”.
“Claro que me preparei para ser senadora, mas faço aquilo que o partido decide coletivamente. Agora é oficial. Não serei coadjuvante, irei pra cima, pra luta como sempre fui. O governador fez a proposta ao PT e teve algumas resistências, mas a ampla maioria aprovou a chapa pura”, disse a senadora.
Questionada sobre o empenho do MDB e do PP na campanha eleitoral, uma vez que perderam a vaga de vice na chapa governista, a senadora disparou: “A gente tem que esperar pra ver. Acredito que ninguém é obrigado a ficar numa coligação. Se ficaram, acredito que tenham compromisso com o governador. Não acredito que façam corpo mole, que vão boicotar a eleição do governador. Começou a campanha, todo mundo vai para a campanha”.
Regina Sousa também comentou sobre os ataques pessoais e postagens preconceituosas nas redes sociais após o anúncio da chapa pura do PT.
“Algumas pessoas ficam falando bobagens por puro preconceito. A reação foi terrível pela chapa pura […] mas agressão era a mim. Tem um vereador que disse que sou uma pessoa animalizada e depois retirou, mas tenho prints. Essa mesma pessoa eu vejo na igreja comungando. Daí fico me perguntando, que tipo de cristão é esse que escolhe agredir a pessoa? Se ele escolher agredir a política não tem problema”, desabafa a pré-candidata que rebateu as críticas.
“Sofro preconceito por tudo: por ser mulher, ser negra, meu jeito de vestir, meu cabelo. Quem acompanha as redes sociais vê o desastre que foi a reação, não em relação a minha pessoa, enquanto cidadã política, porque isso eu desafio. Não me cobre elegância, me cobre conteúdo”, disse a senadora.
A convenção que vai homologar a candidatura do governador Wellington Dias e da vice Regina Sousa acontece na sexta-feira (03), às 14h, no Atlantic City Club.
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