Dezenas de professores e trabalhadores da educação do Piauí se reuniram diante do Palácio de Karnak, sede do Governo do Piauí, para protestar contra o reajuste salarial de 2,95%, sancionado pelo governador Wellington Dias no dia 27 de junho. Uma comissão da categoria foi recebida para uma reunião com representantes do governo dentro do palácio para discutir a questão. O Governo do Estado não quis se manifestar.

“Vamos buscar uma saída para a greve”, disse Paulina Almeida, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte) e uma das representantes dos professores na reunião com o Governo. “Entendemos que greve não é boa nem para nós nem para a sociedade, mas o governo nos empurra para uma greve, uma greve difícil que já está beirando um mês”, comentou.

Representantes do Sinte, CNTE, Central Única dos Trabalhadores (CUT-PI) foram recebidos em reunião no Palácio do Karnak por volta das 11h com a secretária de Governo, Ariane Sídia.

Para a secretária de finanças do Conselho Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE), Rosilene Correia, o protesto dos professores é legítimo, por que busca o cumprimento da portaria assinada pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, ainda em dezembro de 2017 que aumentava o piso salarial dos professores em 6,81% em 2018.

“Nem se trata de uma reivindicação, é lei a ser cumprida e que o governador, junto com deputados, articularam uma manobra para não reconhecer esse direito. Foi feito um acordo com base na lei do reajuste do piso, uma lei federal, e ainda assim o governo local insiste em descumprir”, disse Rosilene.

O reajuste sancionado pelo governador para os funcionários da educação é inferior ao que havia sido acordado entre a categoria e o governo em maio, que foi de 6,81%. Entretanto, o reajuste foi vetado pelo próprio governador, e o novo valor, de 2,95% foi aprovado pela Assembleia Legislativa no dia 21 de junho.

O reajuste foi aprovado em uma sessão tumultuada, com protesto dos professores. Uma professora quebrou a perna durante a confusão entre a categoria, os deputados estaduais e vigilantes da Assembleia Legislativa.

G1