Os policiais civis do Piauí fizeram um protesto na manhã desta terça-feira (3) para reivindicar o pagamento de gratificações salariais que foram descontadas do período em que a categoria esteve em greve. Os policiais civis ficaram 57 dias em greve, do dia 3 de abril até o 30 de maio.

O protesto dos policiais civis aconteceu diante da Delegacia Geral, no Centro de Teresina. “A gente veio para cá para tentar falar com o delegado geral, mas ele não se encontra aqui. Vamos solicitar uma audiência com ele, por que não concordamos com a forma como ele agiu”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi), Constantino Júnior.

Ele afirma que o desconto é ilegal, e disse que irá recorrer à Justiça para que o dinheiro seja restituído. De acordo com Constantino, mais da metade dos policiais tiveram as gratificações descontadas, que resultariam em descontos que variam de R$ 1200 a R$ 1500.

“Como está judicializado, a única pessoa que tem poder, por força de lei, de determinar descontos nos contracheques é o desembargador [Raimundo] Alencar”, disse Constantino. O Sinpolpi afirma ter o registro da escala dos policiais e o ofício mensal das delegacias que informam as horas trabalhadas nos meses em que a categoria esteve em greve.

“É um desconto ilegal, onde a Secretaria de Segurança e de Administração agiram de forma irresponsável”, comentou Constantino Júnior. O presidente do Sinpolpi disse ainda que o sindicato irá buscar a responsabilização dos gestores responsáveis pelos descontos.

Nota

A Secretaria de Administração informou que foram descontados horas extras e adicional noturno referente ao período que a categoria esteve em greve, portanto sem fazer horas extras nem trabalhar no período noturno. Segundo a secretaria, agora que os policiais voltaram ao trabalho, os pagamentos voltam à normalidade.

G1