O presidente do PT no Piauí, deputado Assis Carvalho, explica os dois principais fatores que fazem o partido não abrir mão da chapa pura na disputa de deputado estadual. Segundo ele, além de possibilitar o aumento da bancada na Assembleia Legislativa, a estratégia ainda ajudará a legenda a manter um espaço considerável no governo, caso Wellington Dias (PT) venha a ser reeleito.

Assis Carvalho afirma que com uma bancada expressiva na Assembleia, o PT terá força para reivindicar espaços e pastas importantes. Pelos cálculos do líder petista, com a chapa pura, o partido deve eleger pelo menos cinco deputados estaduais.

Segundo ele, a chapa pura é essencial para se cumprir esse objetivo. “Com a chapa pura do PT nós vamos dobrar a bancada. Então não precisa dizer mais nada. Quem tem voto tem condição de sentar à mesa e discutir o espaço que é seu por direito”, declarou.

Lideranças do PT afirmam que os petistas do Piauí querem garantir a manutenção da influência que possuem no governo de Wellington Dia (PT). Hoje, o partido possui mais de 25 pastas entre secretarias e coordenadorias. A meta no PT é manter ou ampliar essa força.

Na disputa pela chapa pura, Assis diz que o PT deve se espelhar na MDB de 2006. “Esse assunto será discutido por quem tem o poder de discutir. São os 250 delegados do partido no dia 29 e 30 de julho. Só a eles compete tomar a decisão. Temos que lembrar o que aconteceu em 2006. É muito cuidadoso na política fazer anúncio na política, sem antes ouvir quem tem poder de decisão. É aquela história de tentar organizar o jogo sem combinar com os russos. Em 2006, tínhamos um grupo de emedebistas que já anunciaram que João Henrique seria o vice. O que foi que saiu nas urnas? Foi o Mão Santa quem ganhou as convenções”, destacou.

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