Dados do Ministério do Tra­balho revelam que a principal causa de ausência e afasta­mento no trabalho no Piauí é a dorsalgia. No ano passado, 348 trabalhadores foram obrigados a se ausentar, por mais de 15 dias, devido a dores nas costas, o que corresponde a 12,48% em relação às demais ocorrências registradas.

Em todo o ano de 2017, fo­ram afastados 2.787 trabalha­dores no Piauí, uma média de pelo menos sete casos por dia. As informações foram repassa­das pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) com base nos benefícios concedi­dos no Estado. Os números ainda são preliminares, mas servem para chamar a aten­ção à prevenção de acidentes e adoecimentos que vitimam trabalhadores diariamente.

Segundo a fisioterapeuta Brunna Burlamaqui, ter uma postura adequada no trabalho é essencial para evitar dores no corpo. Mas para evitar isso, é preciso avaliar o comporta­mento ao longo do dia, desde a o modo como a pessoa se comportar até a maneira como ela realiza alguma atividade.

“Dores no pescoço, nas cos­tas e nas pernas é bastante comum em pessoas que traba­lham mais de seis horas por dia sentadas. Isso acontece por­que quando ficamos muitas horas sentados na cadeira de trabalho reduzimos nossa mo­bilidade, como por exemplo a curvatura natural da coluna, gerando assim dor na região lombar e dores nas pernas, di­minuindo assim a circulação sanguínea e também dores no pescoço e ombro”, explica.

Brunna Burlamaqui destaca que o correto seria cada pro­fissional ter sua própria cadei­ra e que esta fosse regulável, de acordo com a necessidade, peso e altura do indivíduo. A fisioterapeuta comenta que existem cadeiras adequadas para cada ambiente e função, com diferentes regulagens, o que auxilia na postura do tra­balhador.

“Também é importante ve­rificar a ergonomia da cadei­ra (como modelo e função de uso), se é uma cadeira de qua­lidade, com acabamento, se a cadeira suporta o peso do pro­fissional, mas principalmente o valor. Um dos maiores erros do consumidor é na hora da escolha, pois querem adqui­rir, em geral, aquela com pre­ço menor, ou seja, optar pela mais barata. Às vezes mesmo parecendo confiáveis, cadeiras baratas não oferecem conforto nem durabilidade”, lembra a fisioterapeuta.

Jornal O Dia