A Polícia Militar do Piauí tem até esta quarta-feira (20) para se manifestar sobre a recomendação do Ministério Público do Estado do Piauí para a retirar das ruas os mais de 300 alunos do curso de formação de soldados (CFSD/2018) que cumprem estágio de operação nas ruas.  O promotor Elói Pereira de Sousa Júnior diz que a situação é gravíssima e implica em riscos a todos.

“Expedimos a recomendação para o comandante geral da Polícia Militar para a retirada imediata, tendo em vista a situação gravíssima que pode ocorrer em decorrência desse fato. Estipulamos um prazo de cinco dias para que ele nos informe se vai ou não atender a recomendação”, explica o representante do Ministério Público.

O promotor diz que, caso não haja manifestação por parte da PM dentro do prazo ou a recomendação não seja acatada, a situação será levada para a Justiça.

Eloi Pereira argumenta que os alunos só poderão ir às ruas fardados e armados após nomeação pelo governador do Estado.

“Eles só podem exercer a função de policial militar após a nomeação. Antes, de acordo com o próprio estatuto da PM-PI, eles não podem andar nas ruas fardados, armados fazendo o policiamento ostensivo. São mais de 300 alunos e por trás disso mais de 300 famílias que não querem ver seus familiares correndo riscos antes de efetivamente exercerem os cargos de policiais militares. Além disso, toda a sociedade corre risco por conta da desobediência a lei. O MP quer evitar todos esses riscos”, justifica o promotor.

No fim de semana, o Cidadeverde.com conversou com o comandante geral da Polícia Militar, coronel Lindomar Castilho, que informou que não havia recebido a notificação do MP.

Cidade Verde