Pelo menos três mil dos 18 mil inscritos no concurso da Polícia Civil não compareceram para fazer as provas, que foram aplicadas neste domingo (10) em Teresina. Os números foram informados pela delegada Alexandra Santos, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), que coordenou a operação de combate às tentativas de fraude no concurso.

Um candidato, de nome Otto Silva Ferreira foi conduzido para a Central de Flagrantes antes da prova iniciar. Ele portava um simulado contendo questões semelhantes às que seriam aplicadas, mas por não se tratarem das mesmas questões, a Polícia Civil descartou que o gabarito tenha sido vazado. “Houve uma tentativa de fraudar o concurso, ela não foi bem sucedida e não houve qualquer tipo de vazamento do que conteúdo da avaliação”, afirmou a delegada.

Além de Otto, um segundo candidato, que não teve o nome informado, também foi retirado do local de prova e encaminhado à delegacia por estar portando um texto de apoio que seria usado na Redação. Segundo a polícia, este conteúdo não também não tinha semelhança com o tema da prova, mas daria vantagem ao candidato em relação aos outros.

No sábado, sete pessoas já haviam sido presas na ocasião da Operação Contenção, deflagrada para coibir fraudes no concurso da Polícia Civil. Todos os setes já vinham sendo monitorados pelo Greco por suspeita de envolvimento na fraude do Concurso para Agente Penitenciários, promovido pela Secretaria de Justiça (Sejus) em 2016. Três deles estavam inscritos no concurso da Polícia Civil e fariam a prova.

Para a delegada Alexandra, o concurso transcorreu dentro da normalidade, apesar das prisões efetuadas. “Foram ocorrências pontuais e a operação foi deflagrada com um dia de antecedência justamente para evitar que houvesse algum comprometimento da prova”, finalizou a delegada.

O Dia