Com exceção dos pedestres, são os ciclistas os agentes mais vulneráveis do trânsito. Há uma semana, Gilson Fernandes, de 53 anos, morreu após uma fatalidade na Avenida Pedro Freitas, na zona Sul de Teresina. Ele passava pela via de bicicleta, quando o motorista de um carro abriu a porta dianteira, atingindo a vítima fatalmente. O condutor não prestou socorro.
Segundo dados do Seguro DPVat, de janeiro a abril foram pagas cerca de 1.300 indenizações para ciclistas no Brasil. Cerca de mil foram por invalidez e 160 por morte.
Jordano Leite, fisioterapeuta do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) afirma que os acidentes envolvendo ciclistas estão entre os mais fatais. E, quando sobrevivem, as vítimas geralmente sofrem traumatismo crânio-encefálico. “Não há exigência para eles usarem o capacete, como no caso dos motociclistas. Sem a proteção, traumas como esses são mais graves”, afirma o especialista.
Outras sequelas comuns em ciclistas acidentados são as amputações de membros inferiores, as lesões medulares e as fraturas. “Um conjunto de fatores contribuem para a ocorrência de acidentes que provocam esses traumas. O fato é que a cidade não é preparada para proteger o ciclista”, opina Jordano.
Entre os fatores citados pelo fisioterapeuta estão os ambientes com difícil visibilidade, a má sinalização das vias e da bicicleta, bem como a imprudência de motorista e ciclistas.
Portal O Dia