A expectativa para a safra do primeiro semestre deste ano tem sido marcada por desafios climáticos, conforme relatado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Picos, Francisco Pereira, conhecido como Tito. Em entrevista, ele destacou a importância das chuvas recentes, mas também expressou preocupação com a estiagem que se instalou em fevereiro.

“Olha, a gente mantém a esperança viva. Tivemos um mês de janeiro bom com relação à chuva, inclusive algumas comunidades receberam precipitações acima do esperado. Foi um período chuvoso bem satisfatório para a agricultura”, afirmou Tico. No entanto, ele ressaltou que a situação se agravou no mês seguinte: “Infelizmente, em fevereiro, a chuva se dispersou e o solo já está seco. A umidade evaporou por conta do forte calor, e isso nos preocupa em relação à próxima safra”.

Os principais produtos cultivados no período são feijão, caju e mandioca. Segundo Tito, aqueles que foram semeados mais cedo sofreram prejuízos, mas ainda há esperança para as plantações novas. “O feijão e o caju tiveram o desenvolvimento comprometido, e a mandioca também tem enfrentado dificuldades. Apesar disso, ainda não houve perda total”, explicou.

O seguro safra também é um tema de atenção para os agricultores. Conforme informado por Tito, os boletos referentes ao plano safra 2024/2025 foram pagos até o último dia 10 de fevereiro. “No mês de maio será feito um levantamento das perdas nas propriedades do município. Pelo atual cenário, é possível que a perda ultrapasse 50%, mas seguimos com fé e esperança de que as chuvas retornem em breve”, concluiu.

Enquanto aguardam a volta das chuvas, os agricultores seguem atentos ao desenvolvimento das plantações e esperançosos por uma boa colheita nos próximos meses.

Confira a entrevista completa com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Picos, Francisco Pereira.