A volta às aulas já começou a movimentar as papelarias em São Paulo. O Procon-SP reforçou a importância de pesquisar os preços antes de ir às compras, uma vez que há variações expressivas no mercado. Na capital paulista, por exemplo, o órgão de defesa ao consumidor encontrou diferença de até 269% no preço do material escolar.

Ao todo, foram pesquisados 132 itens que costumam estar em todas as listas de materiais, como lápis, borracha, caderno, régua, tesoura e folha sulfite. Deles, 25 apresentaram variação de preço acima de 90% a depender do estabelecimento.

A variação mais significativa foi encontrada em uma régua de 30 cm da marca Acrimet, que era vendida a R$ 5,90 em uma loja e a R$ 1,60 em outra (268,75%). O mesmo foi visto no apontador de lápis da CIS/Sertic e na caneta esferográfica Compactor 1.0mm (Economic), que tiveram diferenças de preços respectivamente de 210,53% e 262,5%.

Somente seis produtos (4,5%) na pesquisa tiveram uma diferença inferior a 20%. É o caso da lapiseira Poly 2.0mm, comercializada entre R$ 9,20 e R$ 9,90 – variação de 7,61% – e da resma de 500 folhas A4 Premium da Suzano Report, vendida de R$ 41,50 a R$ 49,50 nas lojas visitadas – diferença de 19,28%.

“Os valores nominais podem ser pequenos, mas, quando o consumidor considera toda a lista, poucos reais em vários artigos resultam em uma grande economia na conta final”, observou Luiz Orsatti Filho, diretor Executivo do Procon-SP.

Recomendações

Além da pesquisa de preços e do reaproveitamento dos itens que já possui em casa, o Procon considera interessante o consumidor verificar se o estabelecimento oferece descontos para compras em grandes quantidades. Dessa forma, pode ser benéfico reunir-se com outros pais para uma compra coletiva.

Na hora da compra, o consumidor também deve estar atento aos preços – que devem ser informados de forma precisa pelo estabelecimento – e avaliar se eventuais promoções, como “pague dois e leve três”, são realmente vantajosas. Além disso, descontos por pagamentos à vista ou por Pix podem ser benéficos para o bolso.

O Procon ainda chama atenção para a lista de material. Isso porque as instituições de ensino não podem exigir a aquisição de qualquer material de uso coletivo, como materiais de escritório, de higiene ou limpeza, por exemplo.

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