Os aposentados por invalidez e os trabalhadores que recebem auxílio-doença pelo INSS estão sendo convocados pelo órgão para realizarem a perícia médica, que é a condição para a continuidade do pagamento do benefício ao assegurado. Só neste ano pôde-se constatar uma média 80% de auxílios com irregularidades no Piauí.
De acordo com o Superintendente do INSS no Piauí, Ney Ferraz, as revisões foram iniciadas no final de 2016. Em 2017, no Estado, foram feitas oito mil revisões e até abril de 2018 já foram cinco mil benefícios verificados. A economia com os benefícios cancelados após a constatação de irregularidades foi de cerca de R$ 250 milhões aos cofres públicos piauienses nos dois últimos anos.
Ainda segundo Ney Ferraz, estão sendo convocados aqueles beneficiários que estão com mais de dois anos recebendo auxílio-doença e que possuem menos de 60 anos de idade. Para o Superintendente do INSS, alguns assegurados deixam de comparecer porque sabem que não possuem a enfermidade anteriormente apresentada.
Além da ilegalidade, o pagamento do benefício para pessoas aptas a trabalhar gera prejuízo ao erário público. O cancelamento do auxílio é feito após 90 dias da suspensão do benefício. Primeiro, o assegurado é convocado e tem cinco dias para agendar a perícia.
“Caso não marque o agendamento, será dado um prazo de 60 dias e os benefícios são suspensos. Continuamos depositando o dinheiro, mas ele não consegue sacar e recebe a informação de que precisa ir ao INSS regularizar sua situação. Se ele não comparecer, é dado mais 30 dias de prazo e aí sim haverá o cancelamento”, explicou Ney Ferraz ao O DIA.
O Dia