A TV Cidade Verde obteve acesso exclusivo a parte do depoimento de uma jovem de 24 anos que relatou ter sofrido um abuso que teria sido praticado pelo coronel da Polícia Militar Ricardo Pires de Almeida, quando tinha apenas dez anos. O militar já é alvo de um inquérito policial que investiga uma denúncia de estupro contra uma criança de 11 anos, ocorrida em Paulistana. O coronel apresentou-se ao Quartel do Comando-Geral da PM em Teresina nesta quinta-feira (31), onde foi preso após o cumprimento de um mandado de prisão preventiva.

O depoimento da jovem foi colhido no Ministério Público do Piauí (MP-PI) na quarta-feira (31), onde ela descreveu em detalhes o episódio que teria ocorrido em 2010. À época, a vítima, que tinha uma relação próxima com as filhas do coronel, costumava frequentar a residência do policial. Ela contou que, após o incidente, ficou muito assustada e, sem conseguir dormir, acordou a filha mais velha do coronel, pedindo para dormir com ela.

O depoimento foi encaminhado ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e da Juventude, que deverá acompanhar o caso.

No Diário Oficial publicado nesta sexta-feira (1º), o comandante geral da PM, coronel Scheiwann Lopes, retirou o coronel Ricardo da função de Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação Operacional e o deixou à disposição do subcomando geral. Ele está detido no quartel do comando geral. 

Entenda mais

Em entrevista ao Notícia da Manhã nesta quinta-feira (31), o promotor Assuero Stevenson, da 9ª Promotoria de Justiça, informou que recebeu uma denúncia informal de um pai, que relatou um suposto abuso cometido pelo coronel contra sua filha, então com dez anos. O pai entrou em contato com o promotor após uma mãe denunciar nas redes sociais um estupro do coronel contra sua filha, de 11 anos, em Paulistana, a 452 km de Teresina. 

“Ontem recebi uma ligação de um pai chorando, afirmando que sua filha também foi vítima desse oficial quando tinha dez anos. No entanto, foi apenas uma ligação informal, e orientei-o a procurar o Ministério Público. Vou participar dessas declarações, e, se constatar, não tem outra reação a não ser lamentar”, declarou o promotor.

Depois disso, a própria jovem, foi até a promotoria fazer a denúncia formal do abuso sofrido.

Cidade Verde