Com mais de 76,6 mil novos casos estimados para o ano de 2024, o câncer de mama se apresenta como o tipo de câncer com maior incidência na população feminina. As informações são do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e do Ministério da Saúde, que apontam o histórico familiar e hábitos de saúde como fatores de risco para o surgimento da doença.
Especialista na detecção e tratamento da neoplasia, a mastologista Mayra Moreira Almeida (CRM-2904), aponta para alguns dos fatores que podem atuar para o surgimento da doença. Segundo a médica, dados da Sociedade Brasileira de Mastologia mostram que uma em cada oito mulheres pode apresentar câncer de mama ao longo de sua vida.
“A possibilidade de uma mulher apresentar câncer de mama durante a vida é de 12,5%, ou seja, uma em cada oito mulheres desenvolverá a doença ao longo de suas vidas. Entre os principais fatores de risco envolvidos estão a idade, histórico pessoal e familiar, dieta desequilibrada e a falta de atividade física”, apontou a profissional.
Para Mayra, outros fatores, como menor número de filhos, gestações mais tardias, além de fatores genéticos herdados ou adquiridos, também podem ser agentes causadores do câncer, havendo sempre a necessidade de acompanhamento quanto a tais situações.
“Quem tem antecedentes de radioterapia, uso de terapia de reposição hormonal combinada (estrogênio + progesterona) por períodos prolongados, primeira menstruação cedo, última menstruação tardia, além de histórico de hiperplasia atípica em biópsia de mama, também aumentam o risco de desenvolver câncer de mama”, apontou.
Outro fator relevante para o câncer é a alimentação inadequada associada a um ritmo de vida estressante. “Pesquisas recentes sugerem que a dieta pode ser responsável por alterar a probabilidade de uma pessoa apresentar câncer de mama. Estudos demonstram que o consumo de bebidas alcoólicas está relacionado ao desenvolvimento da doença”, pontuou a profissional.
Sinais de alerta e prevenção
Apesar de todos os fatores apontados, é possível buscar a prevenção contra o surgimento desse tipo de câncer, levando sempre em consideração a obtenção de hábitos saudáveis e o acompanhamento médico constante. Segundo a mastologista Mayra Moreira Almeida, é preciso estar atento aos seguintes sinais para buscar atendimento especializado:
– Aparecimento recente de nódulo em mulheres com mais de 50 anos;
– Presença de nódulo mamário em mulheres com mais de 30 anos, que persistem por mais de um ciclo menstrual;
– Presença de nódulo endurecido e fixo ou que vem aumentando de tamanho, em mulheres adultas de qualquer idade;
– Saída de secreção com sangue pelo mamilo.
– Presença de lesão na pele que não sara com uso de cremes ou pomadas;
– Presença de nódulos ou aumento de volume em axila;
– Presença de aumento de volume da mama, associado à pele vermelha ou inchada.
– Retração da pele da mama ou do mamilo
– Qualquer nódulo em homens.
Por meio de exames como a mamografia, é possível um diagnóstico mais assertivo e detalhado. Recomendado principalmente para mulheres acima dos 40 anos, o exame também pode ser indicado para pessoas mais jovens que possuam algum fator de risco para a enfermidade, ou como complemento a algum diagnóstico, caso haja necessidade.
Também podem ser realizados exames com outros equipamentos, tais como ultrassonografia de mamas e ressonância nuclear magnética, a depender do caso, que podem ajudar a paciente em um diagnóstico mais preciso.
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