O deputado estadual e prefeito eleito de Picos, Pablo Santos (MDB), que adotou a cor verde em sua campanha, conseguiu dar uma lapadinha no azulzinho, tonalidade usada pelo prefeito e candidato à reeleição, Gil Paraibano (Progressistas), como dizia um dos jingles da campanha.

Barba, cabelo e bigode

Além de tirar Paraibano do comando do Palácio Coelho Rodrigues a partir de 1º de janeiro do próximo ano, o emedebista ainda elegeu uma bancada de treze vereadores, o que lhe dará tranquilidade para gerir o município. Sendo assim, podemos até afirmar que o prefeito eleito fez barba, cabelo e bigode.

Mostrou força

Apesar de não ter conseguido a reeleição, o prefeito Gil Paraibano, com o auxílio do deputado Aldo Gil, demonstrou muita força política, é o que dizem os experientes políticos da cidade. Segundo alguns destes, o gestor havia perdido todos os aliados, ficando apenas com o grupo considerado seu e, mesmo assim, recebeu 20.041 votos. Mas, na visão dos analistas, o desempenho dos candidatos a vereador do grupo governista ficou muito abaixo do esperado.

Não foi o esperado

Em se tratando do município de Picos, quem não teve o desempenho que muitos esperavam foi o grupo do deputado Thales Coelho (Progressistas). O parlamentar organizou o PSD no município. O partido até reelegeu o atual presidente da Câmara, Eriberto Barros, e elegeu o jovem João Rufino, mas o que se comenta é que nenhum dos dois é ‘Thales Futebol Clube’. O deputado esperava reeleger Toinho de Chicá e eleger o advogado Zé Neto Curica.

Sem êxito

Quem foi considerado o maior derrotado na eleição picoense foi o ex-prefeito Padre Walmir Lima (Sem Partido). Ele indicou o sobrinho Raniery Lima (Progressistas) como companheiro de chapa do prefeito Gil. Raniery trabalhava para disputar uma vaga no parlamento e com a indicação ele teve que colocar sua esposa, a professora Karine Lima, para lhe substituir. A candidata até mostrou boa performance, mas teve pouco tempo para trabalhar. Como era tida como afilhada política do ex-prefeito, sua derrota também foi creditada ao religioso.

Funcionou

Já a tática adotada pelo deputado Nerinho (PT) e pelo ex-prefeito Zé Neri (PSB) funcionou muito bem, obrigado. Além de reeleger os vereadores Chaguinha e Dalva Mocó, o homem de muita fé, assim como havia prometido, reconduziu o ex-vereador Maté para ocupar uma cadeira na “Casa do povo”.

A grande surpresa

E por falar na nação nerista, a legião ainda proporcionou a maior surpresa da eleição picoense com o empresário Beron Filho. Muitos não acreditavam na candidatura do jovem empresário, mas na reta final o homem disparou e por muito pouco não beliscou uma das vagas no legislativo, ficando na primeira suplência.

Por pouco

Outro que também fez bonito na eleição foi o gerente comercial Fabiano Oliveira (PCdoB). O comunista estava conquistando a cadeira até os 44m 59s do segundo tempo. Mas, quando chegaram os números da última sessão apurada, ele foi ultrapassado pelo colega de partido e vereador reeleito, Antônio Moura.

Olha o peixe aí, gente

A campanha eleitoral em Picos foi marcada por alto índice de trairagem. A começar por parte dos eleitores que prometeram voto sem falta a determinados candidatos, mas não resistiram às ofertas de açúcar vindas de outros e acabaram trocando as teclas da urna eletrônica na hora de votar.

Judas para todos os lados

A corrida eleitoral não ocorreu no período da páscoa, mas nem por isso diversos cabos eleitorais deixaram de encarnar “Judas Iscariotes”, aquele que traiu Jesus com um beijo no rosto. O que se viu foi liderança fracionando votos para as candidaturas mais volumosas.

Teve o amigo da onça

Na campanha eleitoral, o personagem de cartoons e histórias em quadrinhos criado por Péricles de Andrade Maranhão, o “Amigo da Onça”, também entrou em ação. Na disputa por uma cadeira na Câmara Municipal não teve respeito e muito menos compaixão pelos próprios companheiros. Sobretudo pelos mais sedentos por votos que em vez de tentar tirar votos dos adversários, foram para cima do eleitorado dos próprios companheiros de palanque.

Não foi a porca

O vereador Marcos Buriti (PSD) foi quem que não conseguiu sequer repetir a votação que o deixou na primeira suplência no pleito de 2020, e com o falecimento do saudoso vereador Gilson Nunes, veio a assumir o mandato. Em conversa com a coluna, Buriti afirmou que não foi engolido pela porca, mas sim estraçalhado por algumas baleias e vários tubarões.

Já pode pedir música 

Se a eleição fosse uma partida de futebol, o vereador Wellington Dantas (PT) já podia pedir música no Fantástico. O petista foi eleito o mais votado do município de Picos pela terceira eleição consecutiva. W. Dantas é presidente do Diretório Municipal do partido e tem forte poder de articulação, principalmente, junto aos movimentos sociais, sem contar do seu livre acesso a várias salas do palácio de Karnak. 

Soltou os cachorros  

A multitarefas Socorro Costa (PSB), que concorreu a uma cadeira na Câmara Municipal de Picos, como todos já sabem, não tem papas na língua. Ela agradeceu os 31 votos recebidos, mas expôs o que muitos não tiveram coragem. Socorro mandou todos os traíras para os quintos daquele lugar que ninguém quer e fazerem companhia àquele que tem medo da cruz.

Perderam o feudo

A família dos De Deus, que desde a primeira eleição no município de Aroeiras do Itaim sempre deram as cartas do baralho e tinham a vizinha cidade como um feudo, foram desbancados pelo prefeito eleito, Marciano Macedo, no pleito do último domingo. E para quem apostou em uma vitória apertada ou até mesmo a derrota do empresário, só restou o sentimento de frustração, pois o futuro gestor ao olhar para o retrovisor viu seu adversário do tamanho de um grão de arroz.

Manteve o feudo

Já em São Luís do Piauí, o ex-prefeito Renato Pio (Progressistas) conseguiu manter o domínio do município pelo sétimo mandato seguido. O progressista tem o vizinho município como seu feudo. Lá a eleição era tida como umas das prioritárias do governador Rafael Fonteles.

Por muito pouco

Apesar de uma grande campanha feita pelo candidato derrotado, Josafá Marques (PT), o seu adversário contou com uma importante ajuda. Segundo fontes, o prefeito de São João da Canabrava, Elson Silva (MDB), que teve uma eleição mamão com açúcar, destinou uma grande quantidade de eleitores para se domiciliarem eleitoralmente no município. Sendo assim, os cambaraenses decidiram pelos são-luisenses.

Como rabo de cavalo

Bom, e já que estamos falando de São Luís do Piauí e Aroeiras do Itaim, segundo dados de um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dois municípios figuram na 3ª e 5ª posição de cidades mais pobres do Piauí, por que será, hein?

Feito em casa

Em Santana do Piauí, a prefeita Maria José (Progressistas), que bateu cabeça na fase de preparação das candidaturas para emplacar um dos nomes do seu grupo político ou dos aliados para lhe suceder, encontrou no prefeito eleito Adonaldo Cassiano (Solidariedade), o que nem ela mesmo acreditava ter dentro de casa. A austeridade de sua gestão somada a humildade do prefeito eleito fez com que a progressistas continue dando as cartas do baralho no município santanense.

Chegou lá

Em Geminiano não deu para o grupo governista se manter no controle. Os empresários Jailson Campos e Galego de Pasté, foram o prefeito e o vice-prefeito eleitos, respectivamente. Mesmo concorrendo contra as quatro maiores forças políticas do município. Estavam no mesmo palanque o prefeito Erculano Carvalho, o ex-prefeito Tony Borges, o secretário de Saúde GG e o vice-prefeito Maninho da Coca, que disputou o cargo máximo e foi derrotado. Os partidários do prefeito eleito dizem que ele derrubou quatro coelhos com uma só cajadada.

Muitas braçadas à frente

Lá para as bandas da Sussuapara, como já era mostrado pelos institutos de pesquisa, o prefeito reeleito Naeton Moura (MDB) deu 4.334 braçadas à frente do seu adversário, Valdir Florêncio (Solidariedade). Valdir até que tentou investir muito em marketing, mas o trabalho realizado não conseguiu desconstruir os feitos da gestão do emedebista que é considerada excelente pela esmagadora maioria da população.