Nesta quarta-feira (18), policiais civis de Picos realizaram uma manifestação na Praça Josino Ferreira, em Picos, exigindo restrição salarial do governo estadual. A categoria, que está em negociação com o governador Rafael Fontelles desde maio de 2023, alega que o processo está sendo constantemente prorrogado e se dizem insatisfeitos com as negociações.

O Policial civil e diretor do SINPOLPI de Picos, Petrônio Alves, conta que a categoria iniciou as reivindicações em maio de 2023, após a criação de um Grupo de Trabalho Temporário (GTT) pelo delegado-geral. Posteriormente, foi solicitada uma mesa de negociação permanente. No entanto, segundo os policiais, essas ações não resultaram em avanços concretos.

“Estamos aqui devido à negociação que estamos fazendo com o governo do Estado, mas o tempo está se passando e, a cada dia, ele prorroga mais nossa reestruturação salarial. Vamos continuar nos manifestando para que a sociedade saiba que não estamos satisfeitos com essa política salarial”, afirmou.

Os policiais civis destacaram que, até o momento, não houve paralisação das atividades. Em fevereiro de 2024, a categoria realizou quatro atos de protesto, chamados de “Operação Prelúdio”, durante 60 dias, com o intuito de abrir um diálogo com o governo. Apesar de terem sido ouvidos, os policiais afirmam que as reuniões não resultaram em medidas efetivas. “O governo cria mesas de negociação, mas nada avança. A MEP, que chama de Mesa de Negociação Permanente, para nós é a ‘mesa de enrolação permanente'”, afirmou.

A principal reivindicação da categoria é a restrição salarial, já que, de acordo com os manifestantes, os policiais civis acumularam uma perda salarial de 48% entre 2018 e 2023.

“O governo deu uma reposição salarial de 5,35%, mas ainda nos deve 42%. Não há condições de continuar assim, o poder de compra está acontecendo, e a polícia civil está sendo desvalorizada”, disse.

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