As condições de trabalho dos policiais civis na sede do antigo prédio da Delegacia Regional de Polícia Civil de Picos foram novamente questionadas pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí (Sinpolpi), que solicitou junto ao Ministério Público do Trabalho uma perícia nas instalações do prédio situado na Avenida Severo Eulálio. Segundo o órgão representativo, policiais trabalham fazendo a guarda do local e de veículos que ali permanecem mesmo após a mudança para a nova sede, na Rua São Sebastião, bairro Canto da Várzea, ocorrida em outubro do ano passado.
Na avaliação do engenheiro perito em segurança do trabalho responsável pela inspeção do prédio, Arthur Cerqueira, a situação é grave. “São existentes vários riscos e o ambiente de trabalho é considerado de grave risco iminente”, frisa.
ENTREVISTA: Arthur Cerqueira – MPT
Entre os principais riscos detectados pelo especialista está a ameaça de incêndio. “Foi constatado realmente que a fiação elétrica está exposta. E devido à grande quantidade de veículos, existe resíduo de gasolina, e tem possibilidade de ocorrer um incêndio”, explica.
A estrutura física do local também está comprometida. “A estrutura está muito danificada, já ocorreu um incêndio lá, existem rachaduras e existem riscos constatados”, acrescenta o perito.
Classe reclama
Para Joel Joaquim, delegado regional do Sinpolpi, as condições de trabalho no espaço são inviáveis. “A impressão [que o perito] teve é de que aqui não tem a mínima condição de trabalho e que há um risco iminente”, afirma o sindicalista.
ENTREVISTA – Joel Joaquim – Sinpolpi
Para Joel Joaquim, delegado regional do Sinpolpi, as condições de trabalho no espaço são inviáveis. “A impressão [que o perito] teve é de que aqui não tem a mínima condição de trabalho e que há um risco iminente realmente”, afirma o sindicalista.
Joel Joaquim também aponta que a permanência de policiais no prédio representa desvio de função dos agentes. “Isso aqui é um desvio de função, isso aqui é para investigar, fazer trabalho de investigação, de cartório, polícia judiciária. Não é para vigiar bens apreendidos e custodiar presos”, reclama.
O perito responsável pela vistoria não informou o prazo para conclusão da avaliação do prédio. Segundo ele, o tempo pode variar conforme a demanda do Ministério Público do Trabalho.
VEJA AS FOTOS: