O Atlas Mundial da Obesidade 2024, divulgado neste mês de março, apresenta um cenário alarmante para a saúde pública do país: se as tendências atuais se mantiverem, o Brasil poderá ter cerca de 127 milhões de adultos com a sobrepeso e obesidade. Além disso, aproximadamente 20 milhões de crianças também podem ser afetadas. 

A médica nutróloga, Dra. Ana Tecla Lima, explica que a obesidade é uma doença crônica que favorece o desenvolvimento de outras várias doenças. “E essa lista é imensa e abrange desde diabetes e hipertensão até mais de 13 tipos de câncer; ou seja, esse problema vai muito além de questões estéticas”. 

“O acúmulo de gordura afeta o nosso organismo de diferentes formas, alterando o nosso microbioma intestinal, os nossos hormônios, os nossos sistemas cardiovascular e imunológico”, relata Dra. Ana Tecla.

Para reverter o quadro, não há soluções mágicas. “É fundamental investir em educação para alertar sobre os perigos da doença e incentivar hábitos saudáveis dentro de casa; além disso,  estratégias públicas por parte do Governo são essenciais”, conclui a nutróloga.

O tratamento, orientado por Médico Nutrólogo, deve ser individualizado, baseado na avaliação de exames e da situação clínica de cada paciente.

Já em relação ao tratamento medicamentoso, este fica a critério da avaliação do profissional médico, que avalia a necessidade e monitora o seu uso. A utilização de medicamentos, contudo, não substitui hábitos saudáveis e pode ser pouco eficaz se realizada de forma isolada e sem acompanhamento médico. 

É preciso adotar um estilo de vida que promova o equilíbrio do corpo, atentando para os seguintes pilares: alimentação saudável, atividade física regular, qualidade do sono, gerenciamento do estresse e o estabelecimento de relacionamentos saudáveis.

Da Redação Cidade Verde