O Corpo de Bombeiros de Picos registrou nos últimos meses um aumento de focos de incêndios na região. Segundo informações do tenente Rangel Moura, comandante do esquadrão na cidade, os dados de janeiro a junho deste ano mostram que no mês de junho o número de ocorrências dobrou em comparação a maio, por exemplo. Com isso, junho tornou-se o mês com mais casos registrados, contabilizando 25 ao todo.
“Até maio a gente tinha uma quantidade de no máximo 10 ocorrências de incêndios em vegetação. Já agora em junho a gente já está passando de 25 ocorrência desse tipo, ou seja, só em junho a gente já teve mais da metade das ocorrências de incêndio em vegetações do que no ano inteiro” afirma o tenente.
De acordo com os registros do Corpo de Bombeiros a concentração de queimadas nesse período é um fato recorrente também nos anos anteriores a 2023. Isso porque a partir do mês de maio o clima local torna-se propício para o surgimento e para proliferação das chamas. Como explica o tenente Rangel Moura, os focos de incêndios são maiores devido ao clima seco (falta de chuvas), a vegetação seca e ao aumento dos ventos.
Além disso, as queimadas também podem ter início quando proprietários de terra usam o fogo para limparem seus terrenos, pois as características do clima local ajudam a propagar o fogo para outras áreas afastadas. Como consequência, mais de 90% dos focos são provocados por causas humanas propositais ou acidentais, seja para destruição de resíduos como lixo ou para limpar terreno. E no período junino artefatos tradicionais como fogueiras e fogos também podem dar início a incêndios.
Por esse motivo, o tenente orienta que as pessoas evitem soltar fogos soltar perto de vegetações seca e deem preferência por áreas abertas, longe de postes e de fiações elétricas e para que donos de terras procurem outras formas de limpeza através do roçado, por exemplo.
Nesse contexto, o Piauí já contabilizou mais de 700 focos de calor no ano de 2023, segundo mapeamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse número representa um aumento de 41% em comparação aos dados registrados em 2022 no mesmo período de meses, embora nem todos os focos correspondam a incêndios ambientais.
CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA